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Queda do real diminui déficit comercial em 2014, diz Abimaq

De acordo com o diretor de competitividade da Abimaq, Mário Bernardini, o resultado é recorde histórico para o período

Máquinas ema linha de montagem da Ford: faturamento bruto real da indústria de máquinas caiu 3,8% no primeiro bimestre do ano (Dave Kaup/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de março de 2014 às 17h12.

São Paulo - O novo patamar do câmbio deve permitir este ano que a indústria de máquinas e equipamentos melhore em cerca de dez pontos porcentuais sua balança comercial em 2014, estimou nesta quarta-feira, 26, o diretor secretário da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Carlos Pastoriza.

"Por conta da desvalorização do real, imaginamos para este ano um aumento moderado de 3% a 5% nas exportações e uma diminuição nas importações", afirma o representante da Abimaq.

Apesar disso, Pastoriza aponta que o resultado ainda será deficitário.

"Melhora de dez pontos porcentuais na balança significa reduzir um déficit comercial de US$ 20 bilhões que registramos em 2013 para US$ 18 bilhões", afirmou.

No primeiro bimestre do ano, as exportações do setor cresceram 41,4% na comparação com os primeiros dois meses de 2013, para US$ 2,179 bilhões.

De acordo com o diretor de competitividade da Abimaq, Mário Bernardini, o resultado é recorde histórico para o período.

"Se não fosse a exportação, a queda no faturamento seria muito mais dramática", afirmou Bernardini. O faturamento bruto real da indústria de máquinas caiu 3,8% no primeiro bimestre do ano.

Pastoriza destaca que a exportação está se mantendo por "razões específicas", como as operações "intercompany, que não refletem a competitividade do País". Já Bernardini chama a atenção para a recuperação dos Estados Unidos como parceiro comercial.

"Do aumento de US$ 600 milhões de dólares que tivemos neste início de ano na comparação com o período do ano passado, US$ 300 milhões foram para os EUA", afirmou.

De acordo com ele, não só um reaquecimento da economia norte-americana influenciou: "A desvalorização cambial é muito maior em relação aos EUA do que em relação aos outros países", destacou.

As importações ficaram praticamente estáveis no primeiro bimestre, com aumento de 0,26% na comparação com os dois primeiros meses do ano passado.

Não fossem as importações de barcos faróis, guindastes, docas e diques flutuantes da China, em fevereiro, a importação teria registrado queda de 5% no primeiro bimestre, nos cálculos de Bernardini.

Há uma clara tendência, segundo ele, da China como fornecedora de bens de capital, mas o país asiático não deve se manter na liderança da principal origem das máquinas nos próximos meses. "Mas isso não muda o fato de que há uma política chinesa de privilegiar o setor de bens de capital como um dos prioritários", destacou.

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São Paulo - O novo patamar do câmbio deve permitir este ano que a indústria de máquinas e equipamentos melhore em cerca de dez pontos porcentuais sua balança comercial em 2014, estimou nesta quarta-feira, 26, o diretor secretário da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Carlos Pastoriza.

"Por conta da desvalorização do real, imaginamos para este ano um aumento moderado de 3% a 5% nas exportações e uma diminuição nas importações", afirma o representante da Abimaq.

Apesar disso, Pastoriza aponta que o resultado ainda será deficitário.

"Melhora de dez pontos porcentuais na balança significa reduzir um déficit comercial de US$ 20 bilhões que registramos em 2013 para US$ 18 bilhões", afirmou.

No primeiro bimestre do ano, as exportações do setor cresceram 41,4% na comparação com os primeiros dois meses de 2013, para US$ 2,179 bilhões.

De acordo com o diretor de competitividade da Abimaq, Mário Bernardini, o resultado é recorde histórico para o período.

"Se não fosse a exportação, a queda no faturamento seria muito mais dramática", afirmou Bernardini. O faturamento bruto real da indústria de máquinas caiu 3,8% no primeiro bimestre do ano.

Pastoriza destaca que a exportação está se mantendo por "razões específicas", como as operações "intercompany, que não refletem a competitividade do País". Já Bernardini chama a atenção para a recuperação dos Estados Unidos como parceiro comercial.

"Do aumento de US$ 600 milhões de dólares que tivemos neste início de ano na comparação com o período do ano passado, US$ 300 milhões foram para os EUA", afirmou.

De acordo com ele, não só um reaquecimento da economia norte-americana influenciou: "A desvalorização cambial é muito maior em relação aos EUA do que em relação aos outros países", destacou.

As importações ficaram praticamente estáveis no primeiro bimestre, com aumento de 0,26% na comparação com os dois primeiros meses do ano passado.

Não fossem as importações de barcos faróis, guindastes, docas e diques flutuantes da China, em fevereiro, a importação teria registrado queda de 5% no primeiro bimestre, nos cálculos de Bernardini.

Há uma clara tendência, segundo ele, da China como fornecedora de bens de capital, mas o país asiático não deve se manter na liderança da principal origem das máquinas nos próximos meses. "Mas isso não muda o fato de que há uma política chinesa de privilegiar o setor de bens de capital como um dos prioritários", destacou.

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