Quarentena regional preservou 318 mil empregos em SP, diz vice-governador
Um estudo realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas mostra que a pandemia afetou os mais pobres
Estadão Conteúdo
Publicado em 17 de agosto de 2020 às 14h47.
Última atualização em 17 de agosto de 2020 às 15h30.
O vice-governador de São Paulo , Rodrigo Garcia (DEM), informou que foram preservados 318.000 empregos no estado com o Plano São Paulo, de quarentena heterogênea.
Segundo um estudo realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), os principais afetados foram os trabalhadores formais, com baixa renda e pouca escolaridade.Entre eles, 95%, ou 303.000 postos, se concentram no setor de serviços.
De acordo com a economista Ana Carla Abrão, as regiões que melhor respeitam as orientações do governo estadual foram as que tiveram os melhores resultados na preservação dos empregos e que auferiram recuperação econômica mais ágil."Os resultados foram obtidos com o controle da pandemia", disse Abrão em entrevista coletiva nesta segunda-feira, 17.
Atividade
Ana Carla Abrão informou que foi registrada uma alta na atividade econômica de 1,11 ponto percentual nas regiões que progrediram das fases 1 a 2 do Plano São Paulo, e de 2,32 pontos percentuais entre a fase 2 e 3.
Segundo o secretário estadual da Fazenda de São Paulo, Henrique Meirelles, o estudo mostra que a adesão às medidas de isolamento e de quarentena heterogênea tem resultado na atividade econômica pois afetam a confiança.
"Não adianta uma política visando preservar emprego e atividade econômica às custas da saúde porque isso não funciona, aliás, o efeito é contrário. Isso gera queda no nível de confiança e maior incerteza", disse Meirelles durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.