Pela segunda semana consecutiva, as expectativas das instituições financeiras com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo subiram. Segundo o relatório de mercado, divulgado hoje pelo Banco Central, os analistas prevêem uma inflação de 6,36% em 2004, acima da meta de 5,5% acertada com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Na semana passada, a projeção era de 6,17%,

Junto a isso, as previsões a respeito da taxa de juros básica da economia e do câmbio também ficaram menos otimistas. Conforme o relatório, as instituições financeiras projetam que o dólar encerre o ano cotado a 3,08 reais e que a Selic fique em 14,5% ao ano em dezembro.

Apesar da deterioração de indicadores que retratam a política monetária do governo Lula, alguns resultados dependentes de cenários externos parecem continuar ilesos. A previsão sobre o superávit primário das contas públicas continua em 4,25% do Produto Internto Bruto, atendendo ao acordo com o FMI. A projeção sobre o superávit da conta corrente muito influenciado pela fluxo de capital externo no país aumentou de 2,3 bilhões de dólares, no relatório anterior, para 2,4 bilhões nesta semana. A alteração deve ter sido influenciada pela perspectiva ainda melhor quanto à balança comercial que, segundo o relatório de mercado, deve encerrar o ano com um superávit de 26 bilhões de dólares.