Projeção para IPCA de 2016 cai de 7,62% para 7,57%
O BC vem reforçando que continua trabalhando para evitar o índice extrapole esse patamar. Quatro semanas atrás, a mediana na Focus estava em 7,26%
Da Redação
Publicado em 29 de fevereiro de 2016 às 11h24.
Brasília - Após oito rodadas consecutivas de alta, o Relatório de Mercado Focus trouxe nesta segunda-feira, 29, a primeira queda das expectativas para o IPCA deste ano.
No documento divulgado durante a manhã pela instituição, a mediana das previsões para a inflação de 2016 apresentou baixa ao sair de 7,62% para 7,57%. Mesmo assim, segue distante do teto da meta deste ano de 6,50%.
O BC vem reforçando que continua trabalhando para evitar o índice extrapole esse patamar. Quatro semanas atrás, a mediana na Focus estava em 7,26%.
Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do índice no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das expectativas também caiu, passando de 8,13% para 7,95% de uma semana para outra - um mês antes, estava em 7,79%.
No caso de 2017, a previsão ficou congelada em 6,00% pela terceira vez, - quatro edições atrás estava em 5,80%. O teto da meta do ano que vem é de 6,00%.
Essa barreira, no entanto, já havia sido ultrapassada em muito pelo grupo Top 5 de médio prazo. Entre esses analistas, a perspectiva para a taxa foi mantida em 6,50% como na semana anterior. Um mês antes, essas instituições apontavam para um IPCA de 7,19%.
Para a inflação suavizada 12 meses a frente, a mediana também recuou, saindo de 6,83% para 6,67% de uma semana para outra - há um mês, estava em 6,82%.
Para o curto prazo, houve manutenção das expectativas para a taxa para fevereiro de 2016 (em 0,95%). Um mês antes, estava em 0,85%. Já para março, a direção da mediana das previsões foi de baixa, passando de 0,57% para 0,55% de uma semana para a outra - quatro edições atrás da Focus estava em 0,60%.
De acordo com o último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado em dezembro, o BC projeta que a inflação encerre este ano em 6,2% no cenário de referência e em 6,3% pelo de mercado.
Para 2017, a estimativa da autoridade monetária está em 4,8% pelo cenário de referência e de 4,9% pelo de mercado.
Na ata mais recente do Comitê de Política Monetária (Copom), a instituição informou que houve aumento desses porcentuais nos dois casos em ambos cenários. Outro RTI deve ser divulgado em um mês.
Preços administrados
As projeções do mercado financeiro para os preços administrados ficaram estáveis no Relatório de Mercado Focus. Vilões da inflação de 2015, ao subirem 18,07%, a expectativa agora é de que terão alta de 7,50% este ano. Quatro semanas atrás, a mediana estava em 7,70%.
No caso de 2017, a mediana das expectativas permaneceu em 5,50% pela 12ª semana consecutiva. O BC conta com forte desinflação desse segmento este ano para levar o IPCA para o intervalo de 4,5% a 6,5%. A expectativa do BC é de que, apenas no primeiro semestre deste ano haja uma desinflação de 2 pontos porcentuais da inflação. Entre outros pontos, a instituição conta com a ajuda dos preços monitorados ou administrados pelo governo.
No último Relatório Trimestral de Inflação de dezembro, o BC escreveu que, em 2016, a dinâmica dos preços administrados, aliados a outros componentes, são "fatores importantes do contexto em que decisões futuras de política monetária serão tomadas, com vistas a assegurar a convergência da inflação para a meta de 4,5% estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), em 2017".
Na mais recente ata do Comitê de Política Monetária (Copom) , a previsão do BC para os administrados saiu de 5,9% para 6,3% e a de 2017 ficou em 5%.
No documento, o BC enfatizou a alta dos preços das tarifas de transporte público ocorrida em várias capitais do País. Há a expectativa de que o segmento de energia ainda possa dar um alívio à inflação.
IGPs e IPC-Fipe
Os índice de preços no atacado mostraram tendências bem diferentes no Relatório de Mercado Focus. A mediana das projeções para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) caiu levemente, de 7,84% para 7,83%.
Quatro semanas atrás, estava em 7,00%. Já o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de 2016 mostrou forte avanço de uma semana para outra, ao sair de 7,75% para 7,99% - quatro semanas antes estava em 7,18%.
Para 2017, no entanto, não houve alteração das expectativas. Para o IGP-DI, a previsão é de alta de 5,50% pela quinta vez consecutiva. A taxa é a mesma projetada para o IGP-M do mesmo período, que está neste patamar há três semanas seguidas. Um mês antes, o ponto central da pesquisa era de 5,18%.
O Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) para 2016 ficou congelado em 7,04%, segundo a pesquisa Focus. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 6,27%.
Para 2017, a inflação de São Paulo subirá, pelo boletim Focus, 5,40%, também a mesma taxa do levantamento anterior. Quatro edições atrás do documento estava em 5,18%.
Brasília - Após oito rodadas consecutivas de alta, o Relatório de Mercado Focus trouxe nesta segunda-feira, 29, a primeira queda das expectativas para o IPCA deste ano.
No documento divulgado durante a manhã pela instituição, a mediana das previsões para a inflação de 2016 apresentou baixa ao sair de 7,62% para 7,57%. Mesmo assim, segue distante do teto da meta deste ano de 6,50%.
O BC vem reforçando que continua trabalhando para evitar o índice extrapole esse patamar. Quatro semanas atrás, a mediana na Focus estava em 7,26%.
Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do índice no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das expectativas também caiu, passando de 8,13% para 7,95% de uma semana para outra - um mês antes, estava em 7,79%.
No caso de 2017, a previsão ficou congelada em 6,00% pela terceira vez, - quatro edições atrás estava em 5,80%. O teto da meta do ano que vem é de 6,00%.
Essa barreira, no entanto, já havia sido ultrapassada em muito pelo grupo Top 5 de médio prazo. Entre esses analistas, a perspectiva para a taxa foi mantida em 6,50% como na semana anterior. Um mês antes, essas instituições apontavam para um IPCA de 7,19%.
Para a inflação suavizada 12 meses a frente, a mediana também recuou, saindo de 6,83% para 6,67% de uma semana para outra - há um mês, estava em 6,82%.
Para o curto prazo, houve manutenção das expectativas para a taxa para fevereiro de 2016 (em 0,95%). Um mês antes, estava em 0,85%. Já para março, a direção da mediana das previsões foi de baixa, passando de 0,57% para 0,55% de uma semana para a outra - quatro edições atrás da Focus estava em 0,60%.
De acordo com o último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado em dezembro, o BC projeta que a inflação encerre este ano em 6,2% no cenário de referência e em 6,3% pelo de mercado.
Para 2017, a estimativa da autoridade monetária está em 4,8% pelo cenário de referência e de 4,9% pelo de mercado.
Na ata mais recente do Comitê de Política Monetária (Copom), a instituição informou que houve aumento desses porcentuais nos dois casos em ambos cenários. Outro RTI deve ser divulgado em um mês.
Preços administrados
As projeções do mercado financeiro para os preços administrados ficaram estáveis no Relatório de Mercado Focus. Vilões da inflação de 2015, ao subirem 18,07%, a expectativa agora é de que terão alta de 7,50% este ano. Quatro semanas atrás, a mediana estava em 7,70%.
No caso de 2017, a mediana das expectativas permaneceu em 5,50% pela 12ª semana consecutiva. O BC conta com forte desinflação desse segmento este ano para levar o IPCA para o intervalo de 4,5% a 6,5%. A expectativa do BC é de que, apenas no primeiro semestre deste ano haja uma desinflação de 2 pontos porcentuais da inflação. Entre outros pontos, a instituição conta com a ajuda dos preços monitorados ou administrados pelo governo.
No último Relatório Trimestral de Inflação de dezembro, o BC escreveu que, em 2016, a dinâmica dos preços administrados, aliados a outros componentes, são "fatores importantes do contexto em que decisões futuras de política monetária serão tomadas, com vistas a assegurar a convergência da inflação para a meta de 4,5% estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), em 2017".
Na mais recente ata do Comitê de Política Monetária (Copom) , a previsão do BC para os administrados saiu de 5,9% para 6,3% e a de 2017 ficou em 5%.
No documento, o BC enfatizou a alta dos preços das tarifas de transporte público ocorrida em várias capitais do País. Há a expectativa de que o segmento de energia ainda possa dar um alívio à inflação.
IGPs e IPC-Fipe
Os índice de preços no atacado mostraram tendências bem diferentes no Relatório de Mercado Focus. A mediana das projeções para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) caiu levemente, de 7,84% para 7,83%.
Quatro semanas atrás, estava em 7,00%. Já o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de 2016 mostrou forte avanço de uma semana para outra, ao sair de 7,75% para 7,99% - quatro semanas antes estava em 7,18%.
Para 2017, no entanto, não houve alteração das expectativas. Para o IGP-DI, a previsão é de alta de 5,50% pela quinta vez consecutiva. A taxa é a mesma projetada para o IGP-M do mesmo período, que está neste patamar há três semanas seguidas. Um mês antes, o ponto central da pesquisa era de 5,18%.
O Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) para 2016 ficou congelado em 7,04%, segundo a pesquisa Focus. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 6,27%.
Para 2017, a inflação de São Paulo subirá, pelo boletim Focus, 5,40%, também a mesma taxa do levantamento anterior. Quatro edições atrás do documento estava em 5,18%.