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Produção nacional de aço bruto deve cair 3,4% em 2015

Segundo o presidente do Instituto Aço Brasil, as indústrias de aço e de transformação, por causa de questões estruturais e conjunturais, vivem sua maior crise

Chapas de aço: o presidente do instituto acrescentou que as questões estruturais e conjunturais obrigram o setor a utilizar sua capacidade produtiva em grau muito baixo (Michael Caronna)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2015 às 15h09.

A produção do aço bruto no Brasil deve chegar a 32,8 milhões de toneladas neste ano, representando uma queda de 3,4% na comparação com o ano passado, de acordo com estimativas do Instituto Aço Brasil. As vendas internas de produto siderúrgico devem cair 15,6%, atingindo 18,3 milhões de toneladas de aço.

O consumo aparente do material no país será de 22,3 milhões de toneladas, com redução de 12,8%, correspondendo a um retorno ao patamar de 2007. As importações deverão atingir 4 milhões de toneladas, alta de 0,8%.

As quedas registradas nos setores automotivo, de construção civil e de máquinas e equipamentos, que respondem por quase 80% do consumo do aço no país, são as maiores responsáveis pelos recuos registrados pelo instituto.

Segundo o presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, as indústrias de aço e de transformação, por causa de questões estruturais e conjunturais, vivem a maior crise de sua história. “Esta é uma crise muito forte e diferente daquela de 2008 e 2009".

Para Marco Polo, a avaliação do conselho e de associados do instituto é que a crise de 2008 pegou o setor de forma diferente e, por isso, a recuperação foi mais rápida. "Estamos mergulhando na crise atual em condições mais adversas, pois temos quedas de crescimento mais recentemente.”

Os números indicam que, de janeiro a junho, a produção cresceu 2%. As vendas internas caíram 12,9%, o consumo aparente caiu 10,4% e as importações cresceram 4,3%.

“As importações cresceram, apesar da apreciação do dólar e das expectativas de que, com a flutuação da moeda, pudesse haver refluxo”, explicou Lopes.

O presidente do instituto acrescentou que as questões estruturais e conjunturais obrigram o setor a utilizar sua capacidade produtiva em grau muito baixo.

“Deveríamos estar operando com 80% da capacidade instalada, mas operamos com 69%, muito abaixo do que seria razoável. Se nada for feito com relação a essa situação de importações no país, estaremos em 2024 com 46% do consumo via importações diretas e indiretas. É inaceitável que se monte um parque industrial para ser atacado pelas importações.”

Marco Polo esclareceu que os impactos da crise no setor foi a demissão de 11.188 funcionários e 1.397 mil contratos suspensos. Segundo ele, em 2014 o setor empregava 122.139.

Acrescentou que a estimativa é que, no fim do ano, o setor feche com 15 mil postos de trabalho a menos, o que corresponde a 13% do contingente.

“Também ocorreu adiamento de US$ 2,1 bilhões. Com isso, deixamos de gerar 7,2 mil novos postos de trabalho. Esse quadro se agravará se não houver medidas de reversão”, concluiu.

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A produção do aço bruto no Brasil deve chegar a 32,8 milhões de toneladas neste ano, representando uma queda de 3,4% na comparação com o ano passado, de acordo com estimativas do Instituto Aço Brasil. As vendas internas de produto siderúrgico devem cair 15,6%, atingindo 18,3 milhões de toneladas de aço.

O consumo aparente do material no país será de 22,3 milhões de toneladas, com redução de 12,8%, correspondendo a um retorno ao patamar de 2007. As importações deverão atingir 4 milhões de toneladas, alta de 0,8%.

As quedas registradas nos setores automotivo, de construção civil e de máquinas e equipamentos, que respondem por quase 80% do consumo do aço no país, são as maiores responsáveis pelos recuos registrados pelo instituto.

Segundo o presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, as indústrias de aço e de transformação, por causa de questões estruturais e conjunturais, vivem a maior crise de sua história. “Esta é uma crise muito forte e diferente daquela de 2008 e 2009".

Para Marco Polo, a avaliação do conselho e de associados do instituto é que a crise de 2008 pegou o setor de forma diferente e, por isso, a recuperação foi mais rápida. "Estamos mergulhando na crise atual em condições mais adversas, pois temos quedas de crescimento mais recentemente.”

Os números indicam que, de janeiro a junho, a produção cresceu 2%. As vendas internas caíram 12,9%, o consumo aparente caiu 10,4% e as importações cresceram 4,3%.

“As importações cresceram, apesar da apreciação do dólar e das expectativas de que, com a flutuação da moeda, pudesse haver refluxo”, explicou Lopes.

O presidente do instituto acrescentou que as questões estruturais e conjunturais obrigram o setor a utilizar sua capacidade produtiva em grau muito baixo.

“Deveríamos estar operando com 80% da capacidade instalada, mas operamos com 69%, muito abaixo do que seria razoável. Se nada for feito com relação a essa situação de importações no país, estaremos em 2024 com 46% do consumo via importações diretas e indiretas. É inaceitável que se monte um parque industrial para ser atacado pelas importações.”

Marco Polo esclareceu que os impactos da crise no setor foi a demissão de 11.188 funcionários e 1.397 mil contratos suspensos. Segundo ele, em 2014 o setor empregava 122.139.

Acrescentou que a estimativa é que, no fim do ano, o setor feche com 15 mil postos de trabalho a menos, o que corresponde a 13% do contingente.

“Também ocorreu adiamento de US$ 2,1 bilhões. Com isso, deixamos de gerar 7,2 mil novos postos de trabalho. Esse quadro se agravará se não houver medidas de reversão”, concluiu.

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