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Indústria do Brasil tem 6ª queda seguida em novembro

A produção da indústria brasileira teve em novembro queda de 0,2%, informou nesta quinta-feira o IBGE

Industria: O resultado foi o sexto negativo, período em que o setor acumula perdas de 4,0%, e frustrou a expectativa em pesquisa da Reuters de ganho de 0,1%. (FG Trade/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 6 de janeiro de 2022 às 09h16.

Última atualização em 6 de janeiro de 2022 às 09h47.

A produção industrial brasileira manteve a fraqueza na metade do quarto trimestre ao registrar recuo inesperado em novembro, ainda sem conseguir reagir depois das perdas provocadas pelo coronavírus e se afastando cada vez mais do patamar pré-pandemia.

A produção da indústria brasileira teve em novembro queda de 0,2%, informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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O resultado foi o sexto negativo, período em que o setor acumula perdas de 4,0%, e frustrou a expectativa em pesquisa da Reuters de ganho de 0,1%.

Na comparação com o mesmo mês de 2020, a produção recuou 4,4%, contra projeção de queda de 4,2%.

O setor industrial brasileiro ainda busca se recuperar dos problemas causados pela pandemia de Covid-19, enfrentando um ano marcado por disrupções na cadeia de oferta global e falta de matéria-prima.

A inflação e o desemprego elevados em um ambiente de taxas de juros altas também pesam sobre o cenário.

"O setor industrial ainda sente muitas dificuldades, encontrando-se atualmente 4,3% abaixo do patamar de produção em que estava em fevereiro de 2020”, afirmou o gerente da pesquisa, André Macedo.

“Além disso, a indústria sofre com os juros em alta e a demanda em baixa, impactada pela inflação elevada e a precarização das condições de emprego, já que com o rendimento mais baixo, o trabalhador consome menos”, completou.

No mês de novembro, apesar do resultado negativo, entre as grandes categorias econômicas somente Bens de Capital teve perdas, de 3,0% sobre outubro, eliminando o avanço de 1,8% visto em outubro.

A produção de Bens Intermediários ficou estável, assim como a de Bens de Consumo Semiduráveis e não Duráveis --elas respondem por 80% da média da indústria, de acordo com o IBGE.

O único crescimento aconteceu na produção de Bens de Consumo Duráveis, de 0,5%, após dez meses consecutivos de queda.

Entre as atividades, as principais influências negativas vieram dos produtos de borracha e de material plástico (-4,8%) e metalurgia (-3,0%).

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