Economia

Produção industrial cresce 0,7% em janeiro

Levantamento do IBGE mostra que, na comparação com janeiro do ano 2002, o crescimento foi de 2,8%

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h19.

Em janeiro, a produção industrial cresceu 0,7% em relação ao mês anterior, já descontadas as influências sazonais, afirma o IBGE. Frente a janeiro de 2002, o aumento foi de 2,8%. O indicador acumulado nos últimos 12 meses manteve a trajetória ascendente, passando de 2,3% em dezembro de 2002 para 2,7% em janeiro de 2003. Os indicadores de janeiro de 2003 mantêm o padrão observado até o final de 2002, com maior dinamismo nas áreas relacionadas com exportações, agroindústria e produção de petróleo, e desempenho negativo nos setores que dependem mais do comportamento da demanda doméstica.

O resultado confirma a pesquisa da CNI divulgada nesta quinta-feira (13/3). Pelo levantametno, a atividade econômica do país está estagnada e a perspectiva de recuperação é de longo prazo. Em janeiro, o faturamento do setor, medido pelo indicador de vendas reais, caiu 0,10% em relação a dezembro, já descontadas as influências sazonais (movimentos típicos de cada período). A pesquisa mostrou que o pessoal empregado caiu -0,01% e horas trabalhadas na produção, -0,01%.

No indicador do IBGE acumulado nos últimos 12 meses mantém a trajetória positiva, passando de 2,3% em dezembro para 2,7% em janeiro. A área de bens intermediários (que passa de 3,1% para 3,6%) e bens de consumo duráveis (de 2,8% para 3,6%) sustentam ritmo acima da média global da indústria. Bens de capital também mostra trajetória positiva (de -1,1% para -0,6%) e, desse modo, no início de 2003, o segmento de bens de consumo semi e não duráveis (de 0,2% para -0,5%) é o único com movimento negativo na taxa anualizada.

O crescimento de 0,7% observado entre dezembro e janeiro últimos reflete aumentos de produção verificados em 12 dos 20 ramos pesquisados, mas foi sustentado principalmente pelo resultado da indústria extrativa mineral, que obteve taxa de crescimento de 13,7%, revertendo assim o quadro de quedas observado em dezembro (-7,2%) e novembro (-6,3%), meses em que houve paralisações programadas para manutenção no setor de extração de petróleo. Vale observar que em dezembro este indicador foi negativo em 19 ramos industriais.

Os índices por categoria de uso mostram que, na comparação entre janeiro de 2003 e dezembro de 2002, crescem os segmentos de bens de capital (5,1%) e de bens intermediários (1,5%), este último com mais impacto na formação da taxa global da indústria. Já os segmentos de bens de consumo duráveis (-0,4%) e semi e não duráveis (-2,2%) repetiram o desempenho negativo observado em dezembro.

A comparação com igual mês do ano anterior mostra, em janeiro deste ano, um crescimento de 2,8%, o oitavo resultado positivo consecutivo nesse tipo de indicador. A indústria extrativa mineral amplia sua produção em 4,2%, e a indústria de transformação, em 2,5%. Doze ramos crescem, e as principais influências positivas sobre o resultado global se devem a metalúrgica (11,0%), mecânica (11,2%), material de transporte (10,5%), extrativa mineral (4,2%) e produtos alimentares (2,2%). As quedas mais significativas ocorreram em material elétrico e de comunicações (-10,7%), vestuário (-7,7%), farmacêutica (-14,9%) e têxtil (-4,5%).

O segmento de bens intermediários apresenta taxas positivas em praticamente todos os seus subsetores. A exceção é a queda de 2,2% verificada na fabricação de combustíveis e lubrificantes elaborados. O resultado de maior impacto no total de categoria vem de insumos industriais elaborados (4,5%), onde sobressaem os produtos siderúrgicos. As taxas mais elevadas se verificam nos subsetores de peças e acessórios para bens de capital (37,9%) e de alimentos e bebidas elaborados para indústria (21,5%). A produção de insumos para construção civil cresce 3,0%, mantendo a seqüência de resultados positivos neste tipo de comparação desde setembro de 2002.

A produção de bens de capital, com crescimento de 2,6%, é influenciada sobretudo por produtos da indústria de transporte que, neste período, cresce 17,4%. Incluem-se neste grupo itens como caminhões, vagões ferroviários e aviões. A produção de equipamentos agrícolas também se amplia (3,9%), embora a um ritmo pouco acima da média da categoria.

Os índices de média móvel trimestral mostram uma ligeira redução no nível da produção entre dezembro e janeiro (-0,3%). Esse movimento é mais claro na área de bens de consumo semi e não duráveis (-1,4%), mas atinge também bens de capital (-0,5%) e bens de consumo duráveis (-0,7%). Por outro lado, bens intermediários, segmento mais articulado com as exportações, a agroindústria e também influenciado pelo aumento na extração de petróleo, apresenta um pequeno crescimento neste indicador entre dezembro e janeiro (0,3%).

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