Economia

Produção industrial cresce 0,5% em novembro, diz IBGE

Em novembro, a produção industrial medida pelo IBGE foi 0,5% maior que a de outubro, já descontadas as influências sazonais, e 4,6% superior à de novembro de 2001. Os indicadores acumulados registraram crescimentos de 2,1% de janeiro a novembro e de 1,4% nos últimos 12 meses. Os índices de novembro de 2002 mantêm a trajetória […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h19.

Em novembro, a produção industrial medida pelo IBGE foi 0,5% maior que a de outubro, já descontadas as influências sazonais, e 4,6% superior à de novembro de 2001. Os indicadores acumulados registraram crescimentos de 2,1% de janeiro a novembro e de 1,4% nos últimos 12 meses.

Os índices de novembro de 2002 mantêm a trajetória positiva da produção industrial, tanto nas comparações contra iguais períodos de 2001, como frente aos meses anteriores dentro do próprio ano. Mesmo com os segmentos de petróleo e derivados, agroindústria e setores tipicamente exportadores mantendo-se como as principais influências positivas para o desempenho global da indústria, há sinais de recuperação em setores da indústria que dependem mais da demanda interna.

Na comparação com o mês imediatamente anterior, o resultado de novembro marca o sexto mês consecutivo de taxas positivas. Assim, entre maio e novembro de 2002 a produção fabril se elevou em 5,1%. O aumento de 0,5% registrado de outubro para novembro reflete o movimento positivo observado em 13 dos 20 ramos pesquisados e em três categorias de uso. O segmento de bens de capital assinalou crescimento de 2,7%, vindo a seguir bens de consumo duráveis (0,6%) e bens intermediários (0,3%). A produção de bens de consumo semi e não-duráveis repetiu o nível do mês anterior (taxa zero).

Na comparação com novembro do ano passado, a taxa de 4,6% manteve a seqüência de resultados positivos neste tipo de comparação, que vem desde junho de 2002. Doze ramos apresentaram crescimento, sendo que os de maior impacto sobre o resultado total da indústria foram, por ordem de importância: mecânica (20,4%), metalúrgica (11,9%), material de transporte (14,8%) e química (3,7%). Vale destacar ainda os desempenhos superiores a 10,0% verificados em borracha (16,4%) e perfumaria, sabões e velas (16,6%). Entre os oito ramos industriais com queda na produção, destacam-se material elétrico e de comunicações (-16,0%) e vestuário (-3,9%).

Ainda no confronto novembro 02/novembro 01, no corte por categorias de uso, o único segmento com queda é o de bens de consumo semiduráveis e não duráveis (-3,9%). O segmento produtor de bens de consumo duráveis é o que apresenta o ritmo mais elevado de expansão (8,6%) em decorrência, principalmente, do comportamento favorável da indústria automobilística (15,8%), uma vez que na área de eletrodomésticos o aumento ficou em 4,8%. Cabe citar também a sustentação de um elevado ritmo de crescimento na fabricação de motocicletas (40,4%).

A produção de bens intermediários cresceu 6,7% em relação a novembro de 2001 e foi influenciada, sobretudo, pelos 7,1% de expansão nos insumos industriais elaborados, cujo destaque é ferro e aço fundido em forma de peças. Os desempenhos dos subsetores de combustíveis básicos (petróleo e gás natural) e de combustíveis elaborados (derivados de petróleo) continuaram contribuindo positivamente para o resultado total de bens intermediários. Neste mês, cresceram respectivamente 4,1% e 8,6%. A produção de insumos para construção civil, tipicamente de bens intermediários, teve acréscimo de 4,6% e a de embalagens, de 2,9%.

Em bens de capital, o crescimento de 5,3% reflete um movimento de ampliação na maioria dos subsetores. Não fosse a forte pressão negativa exercida pela queda de 38,8% em bens de capital para energia elétrica, o resultado para o total da categoria teria sido ainda mais positivo. O subsetor de bens de capital para fins industriais cresceu 17,0% e a produção de máquinas e equipamentos agrícolas manteve a liderança dentro da categoria e avançou 21,2%.

O índice acumulado também prossegue refletindo a elevação nos índices mensais. O comportamento do total da indústria passa de uma taxa de 1,0% em setembro, para 1,8% em outubro e chega a 2,1% em novembro. Dos 20 ramos pesquisados, 13 mostram crescimento. A extrativa mineral (12,2%) é o ramo de maior impacto positivo sobre o resultado global vindo, a seguir, mecânica (7,9%). Destacam-se nestes ramos os itens: petróleo e gás natural e tratores agrícolas e colhedeiras agrícolas.

Por categorias de uso, o indicador acumulado para janeiro-novembro confirma a liderança de bens intermediários (2,7%) em 2002. Este é o segmento mais influenciado pelos fatores que sustentaram o ritmo industrial neste ano (desempenho favorável do setor petróleo, aumento das exportações e aumento da atividade agroindustrial). A área de bens de consumo duráveis, de muito menor importância na estrutura industrial, mostra acréscimo de 2,2%, particularmente influenciada pelos 4,7% de expansão no subsetor de eletrodomésticos e pelos 14,0% de aumento na fabricação de motocicletas. No acumulado do ano, a produção automobilística mostra queda de 4,5%.

O segmento de bens de consumo semiduráveis e não duráveis, cuja dinâmica está mais relacionada ao comportamento da massa salarial, chega a janeiro-novembro com uma taxa de 0,1%, virtualmente repetindo o nível de produção do ano anterior. Os subsetores que cresceram, e que impediram um resultado negativo, foram os de alimentos e bebidas para o consumo doméstico (2,5%) e de carburantes (0,9%).

Única categoria de uso com resultado acumulado negativo (-1,3%), o segmento de bens de capital foi especialmente pressionado pelas quedas assinaladas nos subsetores de bens de capital para energia elétrica (-26,7%) e para a construção (-4,2%). O desempenho favorável observado na fabricação de máquinas e implementos agrícolas (20,1%) e no subsetor de equipamentos para transporte (7,1%) impediu uma queda mais intensa no resultado final de bens de capital.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

Mercado de trabalho permanece aquecido e eleva desafios à frente

Caged: Brasil criou 232 mil vagas de trabalho em agosto

Pacote de auxílio econômico para companhias aéreas será de R$ 6 bi

Governo autoriza uso de aposentadoria complementar como garantia de empréstimo habitacional