Economia

Produção industrial argentina sobe; mas recuperação do país é lenta

Produção industrial em alta, dólar em baixa e retomada das exportações. Sinais positivos para a Argentina? Nem tanto. O outro lado da moeda é sombrio: o risco-país está em 6.336 pontos, o país mantém a moratória dos débitos e não tem metas fiscais. Some tudo isso as eleições presidenciais, marcadas para o dia 27 abril. […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h59.

Produção industrial em alta, dólar em baixa e retomada das exportações. Sinais positivos para a Argentina? Nem tanto. O outro lado da moeda é sombrio: o risco-país está em 6.336 pontos, o país mantém a moratória dos débitos e não tem metas fiscais. Some tudo isso as eleições presidenciais, marcadas para o dia 27 abril. "A incerteza na Argentina ainda é muito grande, por isso o riso-país está tão alto. Na verdade, o país chegou ao fundo do poço entre 2000 e 2001. Por isso, qualquer retomada agora parece significativa", afirma a economista do Lloyds TSB Maria Teresa Leiva.

Para ela, é preciso que o país apresente pelo menos três trimestres de crescimento sustentado para dizer que há, de fato, uma recuperação na economia argentina. "Caso nenhuma surpresa aconteça com as eleições, 2003 realmente será o ano da retomada do crescimento. Mas ainda é precipitado afirmar qualquer coisa."

O índice de produção industrial do país subiu, uma alta sazonalmente ajustada, de 16,4% em relação ao mesmo período em 2002. Comparado com dezembro de 2002, a alta foi de 4%. Em janeiro do ano passado, a produção industrial estava negativa em 19,5%.

Segundo a consultoria Global Invest, o PIB da Argentina, que estava em queda desde o final de 1998, já mostra uma ligeira recuperação. Os novos indicadores da produção industrial devem reforçar a melhora do PIB.

Outro fator positivo para a economia é o comportamento da moeda local e do risco país. A cotação do peso em relação ao dólar está caindo desde a liberação do corralito, demonstrando uma melhora da perspectiva em torno da economia Argentina. No início de dezembro de 2002, o dólar custava quase 3,8 pesos. Hoje, esse valor está em 3,15.

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