Exame Logo

Produção agrícola pode ser 14,21% maior em 2003, diz IBGE

A produção total de cereais, leguminosas e oleaginosas (caroço de algodão, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja, aveia, centeio, cevada, girassol, sorgo, trigo e triticale), poderá alcançar 110,922 milhões de toneladas, superando em 14,21% a produção obtida em 2002, que foi de 97,122 milhões de toneladas. Esta estimativa foi feita com informações coletadas em fevereiro […]

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h51.

A produção total de cereais, leguminosas e oleaginosas (caroço de algodão, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja, aveia, centeio, cevada, girassol, sorgo, trigo e triticale), poderá alcançar 110,922 milhões de toneladas, superando em 14,21% a produção obtida em 2002, que foi de 97,122 milhões de toneladas. Esta estimativa foi feita com informações coletadas em fevereiro de 2003 e ainda envolve algumas simulações, mais precisamente para as culturas de inverno (trigo, aveia, centeio e cevada), segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (27/3).

Todas as grandes regiões produtoras apresentam previsão de crescimento da produção. Em relação ao ano anterior, o aumento previsto é da ordem de 3,47% na região Norte, 40,04% na região Nordeste, 3,41% na região Sudeste, 9,97% na região Centro-Oeste e 17,53% na região Sul. Estas regiões respondem, respectivamente, por 2,04%, 8,13%, 13,20%, 31,07% e 45,56% da produção total do Brasil.

Veja também

A posição de fevereiro da safra nacional de grãos para 2003 mostra um aumento de 3,30% na produção prevista, quando contrastada com aquela informada no mês anterior. Destacam-se as variações nas estimativas de produção do feijão em grão 1ª safra (reduzida em 9,44%) e do milho em grão 1ª safra (aumentada em 2,06%).

No caso do feijão 1ª safra, a redução verificada se deve aos estados da Bahia (-44%), de São Paulo (-10%) e do Paraná (-7%). As condições climáticas adversas prejudicaram a cultura do feijão nos principais estágios de desenvolvimento das lavouras. Na Bahia, houve falta de chuvas, e, nos outros dois estados, o excesso de umidade ocasionou perdas no índice de produtividade.

Com referência ao milho 1ª safra, o acréscimo de 2,06% na estimativa de produção para fevereiro é proveniente de mudanças nas estimativas dos estados de São Paulo (6%), Paraná (3%) e Mato Grosso do Sul (12%), locais onde as condições climáticas contribuíram para elevar o índice de produtividade das lavouras em, respectivamente, 11%, 4% e 7%.

Dentre os produtos analisados, apresentam variação na estimativa de produção em relação ao ano anterior: algodão herbáceo (3,71%), arroz (0,66%), feijão 1ª safra (5,18%), feijão 2ª safra (13,60%), milho 1ª safra (11,65%), milho 2ª safra (42,19%), soja (16,83%) e trigo (1,02%).

O milho 2ª safra apresenta aumento significativo da produção em 2003, relativamente a 2002, notadamente no estado do Paraná, que espera colher uma produção de 4,1 milhões de toneladas, mais que o dobro de 2002, quando produziu 1,9 milhão de toneladas. Também o estado de Mato Grosso do Sul apresenta forte expansão na produção de milho 2ª safra, passando de 739.000 toneladas em 2002 para 1,3 milhão de toneladas, 84% superior à produção obtida no ano anterior.

Para o feijão 2ª safra, esta primeira previsão de produção para a safra de 2003 indica um crescimento de cerca de 14% em relação à produção do ano anterior, quando se obteve um volume de 1,058 milhão de toneladas. Os principais aumentos são observados nos estados de Minas Gerais (14%), Paraná (20%), Santa Catarina (26%) e Goiás (30%). Os preços hoje vigentes no mercado situam-se em patamares compensadores para os produtores de feijão.

De maneira geral, as condições climáticas se encontram dentro da normalidade, com certo acúmulo de chuvas em algumas regiões, mas sem prejudicar o desempenho das lavouras e o prosseguimento da colheita, que já se encontra em andamento em vários estados. Ressalta-se que a colheita do milho 1ª safra, da soja e do feijão 1ª safra já está bem adiantada. No caso do feijão 1ª safra, a colheita já se acha praticamente encerrada.

No quarto trimestre de 2002, o número de animais abatidos aumentou 12,48% na comparação com o mesmo período de 2001. Em relação ao terceiro trimestre de 2002, o aumento foi de 9,12%. No total, foram abatidos cerca de 5,4 milhões de bovinos.

Entre as categorias, destaca-se o aumento da quantidade de vacas abatidas: 31,32% no quarto trimestre em relação ao mesmo período de 2001 e 24,51% sobre o terceiro trimestre de 2002. Bois teve um aumento de 12,83% sobre o quarto trimestre de 2001 e de 4,98% sobre o terceiro trimestre de 2002. Quanto aos novilhos, houve redução de 8,67% sobre o quarto trimestre de 2001 e aumento de 3,29% sobre o terceiro trimestre de 2002.

O peso de carcaça de bovinos também cresceu em ambas as comparações: 12,06% sobre o quarto trimestre de 2001 e 7,38% sobre o terceiro trimestre de 2002. Em números absolutos, o peso registrado foi de 1,2 bilhão de quilogramas. O aumento do peso de carcaça acompanhou o crescimento do número de animais abatidos. Bois teve um aumento de 12,85% sobre o quarto trimestre de 2001 e de 4,05% sobre o terceiro de 2002. Novilhos teve uma queda de 7,68% em relação ao quarto trimestre de 2001 e aumento de 2,87% sobre o terceiro trimestre de 2002.

No quarto trimestre de 2002, foram abatidos cerca de 5, 8 milhões de suínos. Este volume representa um aumento de 16,16% sobre o quarto trimestre de 2001 e queda de 1,40% em relação ao terceiro de 2002.

Quanto ao peso de carcaça de suínos, registrou-se cerca de 481 milhões de quilogramas. Isto indica que houve um aumento de 13,91% em relação ao quarto trimestre de 2001 e queda de 5,01% sobre o terceiro trimestre de 2002. Em termos relativos, no quarto trimestre de 2002 foram abatidos animais com peso menor àquele verificado no terceiro trimestre.

No quarto trimestre de 2002, foram abatidos cerca de 791 milhões de frangos. Este volume representa um aumento de 4,27% sobre o quarto trimestre de 2001 e queda de 0,06% sobre o terceiro trimestre de 2002. O peso de carcaça de frango, que atingiu 1,5 bilhão de quilogramas, representa um aumento de 2,20% em relação ao quarto trimestre de 2001 e queda de 4,60% em relação ao terceiro trimestre de 2002.

No quarto trimestre de 2002, tanto o volume de leite adquirido pela indústria quanto o industrializado atingiram 3,4 bilhões de litros de leite. Quanto ao leite adquirido, este volume representa uma queda de 1,71% sobre o quarto trimestre de 2001 e um aumento de 8,38% sobre o terceiro trimestre de 2002. Em relação ao leite industrializado, houve queda de 1,53% sobre o quarto trimestre de 2001 e aumento de 8,44% sobre o terceiro trimestre de 2002.

No quarto trimestre de 2002, foram produzidas quase 430 milhões de dúzias de ovos, o que representa uma queda de 2,6% em relação ao quarto trimestre de 2001 e de 3,96% em relação ao terceiro trimestre de 2002.

No quarto trimestre de 2002, a quantidade de couro cru adquirida pelos curtumes brasileiros foi de 7,8 milhões de unidades. Quanto ao couro curtido, foram industrializados 7,7 milhões de unidades. Por causa da inclusão de novos curtumes e exclusão de outros, que saíram da atividade, não foram comparadas as variações ocorridas em períodos anteriores.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame