Problema do país é falta de investimento, diz professor
De acordo com professor emérito da Universidade Columbia, a taxa de investimento não vai aumentar enquanto a economia não voltar a crescer
Da Redação
Publicado em 27 de outubro de 2014 às 16h58.
São Paulo - O principal problema da economia brasileira atualmente é a falta de investimento , avaliou nesta segunda-feira, 27, o professor emérito da Universidade Columbia, em Nova York, Alberto Fishlow, durante teleconferência para analisar o cenário pós-eleições no país.
De acordo com ele, a taxa de investimento não vai aumentar enquanto a economia não voltar a crescer.
O especialista ponderou que, com a reeleição de Dilma Rousseff, o investimento não irá desaparecer, mas haverá um período de incertezas, com investidores estrangeiros e domésticos aguardando sinais da direção política e econômica no segundo mandato.
"Se o governo não tomar medidas para reverter esse quadro, acho que vai continuar o problema da falta de investimento", disse.
Outro grande problema da economia, citou, é a falta de um maior comércio internacional com países estratégicos.
Ele afirmou que o Brasil está atrás de outros países que vêm crescendo por meio de relações comerciais com foco em valor agregado.
"Hoje o Brasil está, de um lado, sem tratados de livre comércio; de outro, é interessante notar que as tarifas continuam altas", destacou.
Ele apontou que outro problema sério é a educação, setor que vai requerer investimentos, sobretudo, em qualidade.
Fishlow defendeu que, para realizar as mudanças necessárias, Dilma terá que fazer a reforma política, reduzindo o número de partidos, e cortar ministérios.
"Se não houver avanços dentro de um ano e meio, vai haver redução do apoio (no Congresso), complicando a situação", disse.
Inflação
Durante a teleconferência, Fishlow avaliou que a alta da inflação atualmente é consequência de ajustes na economia que não foram feitos no passado.
Diante disso, ele defendeu que o Banco Central terá que aumentar "um pouco" a Selic para mostrar que a política monetária do país ainda é independente.
"Se não fizer isso, vai haver ainda mais falta de credibilidade, o que vai piorar a situação econômica", disse.
São Paulo - O principal problema da economia brasileira atualmente é a falta de investimento , avaliou nesta segunda-feira, 27, o professor emérito da Universidade Columbia, em Nova York, Alberto Fishlow, durante teleconferência para analisar o cenário pós-eleições no país.
De acordo com ele, a taxa de investimento não vai aumentar enquanto a economia não voltar a crescer.
O especialista ponderou que, com a reeleição de Dilma Rousseff, o investimento não irá desaparecer, mas haverá um período de incertezas, com investidores estrangeiros e domésticos aguardando sinais da direção política e econômica no segundo mandato.
"Se o governo não tomar medidas para reverter esse quadro, acho que vai continuar o problema da falta de investimento", disse.
Outro grande problema da economia, citou, é a falta de um maior comércio internacional com países estratégicos.
Ele afirmou que o Brasil está atrás de outros países que vêm crescendo por meio de relações comerciais com foco em valor agregado.
"Hoje o Brasil está, de um lado, sem tratados de livre comércio; de outro, é interessante notar que as tarifas continuam altas", destacou.
Ele apontou que outro problema sério é a educação, setor que vai requerer investimentos, sobretudo, em qualidade.
Fishlow defendeu que, para realizar as mudanças necessárias, Dilma terá que fazer a reforma política, reduzindo o número de partidos, e cortar ministérios.
"Se não houver avanços dentro de um ano e meio, vai haver redução do apoio (no Congresso), complicando a situação", disse.
Inflação
Durante a teleconferência, Fishlow avaliou que a alta da inflação atualmente é consequência de ajustes na economia que não foram feitos no passado.
Diante disso, ele defendeu que o Banco Central terá que aumentar "um pouco" a Selic para mostrar que a política monetária do país ainda é independente.
"Se não fizer isso, vai haver ainda mais falta de credibilidade, o que vai piorar a situação econômica", disse.