Exame Logo

Gasolina volta a subir em julho e prévia da inflação acelera alta a 0,30%

Segundo presidente do BC, será necessário entender o impacto do crescimento na inflação para avaliar se ainda há espaço para cortes de juros

CAMPINAS - Fila em frente loja no centro comercial em campinas de a 120 km do centro de São Paulo, nesta terça-feira (12). (ROGÉRIO CAPELA/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/Estadão Conteúdo)
R

Reuters

Publicado em 24 de julho de 2020 às 09h22.

Última atualização em 24 de julho de 2020 às 11h07.

Os preços da gasolina voltaram a subir após quatro meses de queda e a prévia da inflação brasileira acelerou com força em julho, em meio ao alívio de medidas de isolamento social adotadas por causa do coronavírus.

Veja também

Em 12 meses até julho, o IPCA -15 passou a acumular alta de 2,13%, acima da taxa de 1,92% no mês anterior mas ainda abaixo do piso da meta de inflação para este ano -- 4%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA.

As expectativas em pesquisa da Reuters eram de alta de 0,51% na variação mensal, acumulando em 12 meses ganho de 2,36%.

As medidas de contenção devido ao coronavírus afetaram de maneiras diferentes o consumidor, impulsionando os preços de alimentação em casa mas reduzindo o consumo diante das perdas de emprego e renda.

Em julho, o destaque ficou para o grupo Transportes, que passou a subir 1,11% no mês depois de queda de 0,71% em junho. Isso devido principalmente ao aumento de 4,40% nos preços dos combustíveis.

Somente a gasolina, após quatro meses consecutivos de quedas, subiu 4,47% em julho. Etanol (4,92%), óleo diesel (2,50%) e gás veicular (0,01%) também contribuíram para o resultado.

Os preços do metrô, com alta de 2,0%, também impactaram os custos de transportes, em meio principalmente a reajuste de 8,70% nas passagens do Rio de Janeiro em 11 de junho.

Por outro lado, o transporte por aplicativo (-11,98%) e as passagens aéreas (-4,16%) ficaram mais baratos.

A alta de 0,50% de Habitação, por sua vez, foi influenciada principalmente pelo avanço de 1,03% nas tarifas de energia elétrica.

Em julho, quatro grupos apresentaram deflação: Vestuário (-0,91%), Alimentação e bebidas (-0,13%) -- isso após quatro meses consecutivos de altas--, Despesas pessoais (-0,23%) e Educação (-0,07%).

De acordo com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, será necessário entender o impacto do crescimento na inflação para avaliar se ainda há espaço para corte residual nos juros básico

O BC cortou a taxa básica de juros Selic em 0,75 ponto, à nova mínima histórica de 2,25% ao ano, mas deixou aberta a porta para nova redução.

A pesquisa Focus mais recente realizada pelo BC com economistas mostra que a expectativa é de que a inflação termine este ano em 1,72% e que a economia encolha 5,95%.

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraLojasPandemia

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame