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Prévia da inflação em outubro tem maior alta para o mês desde 1995

IPCA-15 ficou em 1,20% no mês, puxado por energia, e veio acima da expectativa do mercado. Em 12 meses, índice acumula expansão de 10,34%

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Grupo Mateus: crescimento em mesmas lojas foi de 8,8% no 4º trimestre
Foto: Leandro Fonseca (Leandro Fonseca/Exame)

Grupo Mateus: crescimento em mesmas lojas foi de 8,8% no 4º trimestre Foto: Leandro Fonseca (Leandro Fonseca/Exame)

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Agência O Globo

Publicado em 26 de outubro de 2021 às, 09h40.

Última atualização em 26 de outubro de 2021 às, 09h43.

O IPCA-15, considerado a prévia da inflação oficial do país, ficou em 1,20% em outubro, puxado pela alta da energia elétrica e bem acima da expectativa de mercado. Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta terça-feira.

É a maior alta para um mês de outubro desde 1995 (1,34%), e a maior variação mensal desde fevereiro de 2016 (1,42%).

Com o resultado de outubro, o indicador acumula alta de 10,34% nos últimos 12 meses. É um patamar bem acima da meta de inflação estabelecida pelo governo para este ano, que é de 3,75% com margem de tolerância de até 5,25%.

Analistas consultados pela Reuters projetavam alta de 0,97% no índice.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) mede as variações de preços entre os dias 15 de cada mês e, por isso, serve como uma prévia do IPCA, usado nas metas de inflação do governo.

Juros mais altos

A alta persistente da inflação tem feito o Comitê de Política Monetária (Copom) acelerar o ritmo de elevação da taxa Selic, a taxa de juros básica - hoje em 6,25% ao ano -, para tentar conter o avanço do indicador.

A expectativa dos analistas para a próxima reunião, que acontece nesta quarta-feira, é de que o Copom eleve a taxa pelo menos em um ponto percentual. Após o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmar na semana passada que o teto de gastos seria furado para acomodar despesas com o programa social Auxílio Brasil, muito analistas já avaliam que a alta será de 1,25 ponto percentual.

Como uma alteração na Selic leva de seis a nove meses para chegar na economia real, o BC já admite que não vai conseguir cumprir a meta desse ano.

As projeções do mercado já estão bem acima do teto de tolerância da meta. O centro da meta de inflação, em 2021, é de 3,75%, podendo variar entre 2,25% e 5,25%.

Com uma alta disseminada entre os preços e a escalada sem trégua do preço dos combustíveis, economistas já esperam que a taxa de inflação feche o ano em dois dígitos.

Com a perspectiva de juros mais elevados, e inflação ainda persistente no ano que vem, a atividade econômica em 2022 deve perder fôlego.

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