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Presidente da Fiesp prevê retomada econômica apenas para 2017

Segundo Skaf, as reformas estruturais do País previstas para serem aprovadas em 2017 podem reverter o quadro

Paulo Skaf: ele destacou ser "injusto" afirmar que as reformas estruturais no Brasil estão demorando (Valter Campanato/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de novembro de 2016 às 14h01.

Última atualização em 21 de novembro de 2016 às 14h03.

Brasília - O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo ( Fiesp ), Paulo Skaf, afirmou que sua expectativa é ver a real retomada econômica do País apenas no início do ano que vem.

"Em outubro, houve um sinal de retomada. Em novembro, freou. Mas as reformas estruturais do País previstas para serem aprovadas em 2017 podem reverter este quadro", afirmou ele, um dos 96 membros do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do governo de Michel Temer.

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No entanto, Skaf ponderou que houve uma recuperação da confiança da sociedade no governo, "criando condições para retomar os investimentos e, consequentemente, o crescimento do Brasil". Ele disse que já observou, desde o início do governo Temer, "um maior interesse dos investidores", tanto nacionais quanto estrangeiros.

O que não significa que o País não terá desafios pela frente no ano que vem. Segundo o presidente da Fiesp, é preciso atrair ainda mais investimentos, o que terá reflexos positivos na economia, na geração de empregos e no poder de consumo do brasileiro. "E então entramos num círculo virtuoso", resumiu. Para ele, o "problema número 1" do Brasil é o desemprego.

No campo político, Skaf afirmou que o governo já demonstrou ter apoio do Congresso Nacional e, por isso, o cenário seria mais equilibrado do que meses atrás: "Estamos ainda em meio a uma tempestade, mas conseguimos ver o céu aberto lá adiante."

Ele afirmou não ser ligado a nenhum governo, mas destacou ser "injusto" afirmar que as reformas estruturais no Brasil estão demorando. "As questões trabalhistas, tributárias e previdenciárias são discutidas há pelo menos 30 anos e só agora estão andando", disse, logo após o primeiro encontro do chamado Conselhão, no Palácio do Planalto.

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