Economia

Preocupações sobre iene são exageradas, diz FMI ao G20

Segundo o Fundo Monetário Internacional, Banco do Japão, banco central do país, deve agir com mais determinação para superar a deflação que há muito tempo afeta economia


	Documento do FMI afirmou que a duplicação da meta de inflação do Japão para 2 por cento e uma mudança para compras de ativos por tempo indeterminado foram movimentos na direção correta
 (AFP/ Saul Loeb)

Documento do FMI afirmou que a duplicação da meta de inflação do Japão para 2 por cento e uma mudança para compras de ativos por tempo indeterminado foram movimentos na direção correta (AFP/ Saul Loeb)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2013 às 14h00.

Washington - As preocupações com a depreciação do iene são exageradas e o Banco do Japão, banco central do país, deve agir com mais determinação para superar a deflação que há muito tempo afeta economia, disse o Fundo Monetário Internacional (FMI) em um relatório para o G20 publicado nesta quinta-feira.

O documento, que circulou na recente cúpula entre ministros das Finanças do G20, grupo que reúne as principais economias do mundo, em Moscou, afirmou que a duplicação da meta de inflação do Japão para 2 por cento e uma mudança para compras de ativos por tempo indeterminado foram movimentos na direção correta.

Mas o texto acrescentou que mais ações se faziam necessárias, como uma expansão substancial do programa de compra de ativos do país asiático.

A cúpula do G20 foi marcada por preocupações sobre "guerra cambial" após comentários feitos por autoridades japonesas no último dia 8 dando conta de que o iene se desvalorizou mais do que o pretendido, sugerindo que os oficiais estavam colocando um valor específico como alvo para a moeda.

O FMI também disse que o dólar norte-americano se desvalorizou levemente "em torno de fundamentos de médio prazo".


O FMI informou que a atividade econômica em todo o mundo estava ainda lento, apesar de a confiança do mercado financeiro ter melhorado.

"Indicadores sugerem que a atividade real vai fortalecer gradualmente, já que condições financeiras mais flexíveis demoraram para transmitir à economia em geral", disse o FMI.

O Fundo informou que os formuladores de políticas não podem se tornar complacente, especialmente na zona do euro, onde são necessários mais progressos na direção de uma união bancária e maior integração fiscal.

O FMI pediu aos Estados Unidos que atuem para levantar o teto da dívida e evitar cortes de gastos automáticos, alertando que qualquer atraso poderia perturbar os mercados financeiros.

"Se uma resolução não for encontrada, a confiança em políticos dos EUA poderiam rapidamente corroer, com repercussões potencialmente grandes para o resto do mundo", disse o FMI.

Segundo o Fundo, a consolidação fiscal nas economias avançadas, onde os governos estão lutando para impulsionar o crescimento, deve avançar a um ritmo "gradual e sustentado".

Nas economias emergentes, o FMI advertiu que o crescimento esperado mais fraco poderia forçar cortes em investimentos e saídas de capital, reduzindo o crescimento de curto prazo.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCâmbioFMIG20IeneJapãoMoedasPaíses ricos

Mais de Economia

Governo avalia mudança na regra de reajuste do salário mínimo em pacote de revisão de gastos

Haddad diz estar pronto para anunciar medidas de corte de gastos e decisão depende de Lula

Pagamento do 13º salário deve injetar R$ 321,4 bi na economia do país este ano, estima Dieese

Haddad se reúne hoje com Lira para discutir pacote de corte de gastos