Exame Logo

Preferência da Petrobras em leilão atrapalha competitividade, diz ministro

De acordo com Bento Albuquerque, ideia é manter a partilha, porém, tirar o direito de preferência da Petrobras de participar com 30%

Petrobras: das cinco áreas de pré-sal oferecidas na 6ª Rodada, uma foi arrematada pela Petrobras (Dado Galdieri/Bloomberg)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de novembro de 2019 às 14h04.

Última atualização em 7 de novembro de 2019 às 14h08.

Rio de Janeiro — "Estou surpreso sim", disse o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis ( ANP ), Décio Oddone, sobre o resultado da 6ª Rodada de partilha do pré-sal, realizado nesta quinta-feira, 7. Já o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que não foi de bom senso da Petrobras informar que gostaria de levar três áreas e arrematar apenas uma.

Das cinco áreas de pré-sal oferecidas na 6ª Rodada, apenas uma foi vendida, a de Aram, na Bacia de Santos.

Veja também

Como consequência, a mudança do regime de leilão passa a ser cada vez mais uma realidade, acrescentou o ministro. "Petrobras reduz a competitividade do certamente. Já manifestamos essa visão ao Congresso Nacional ", acrescentou o ministro.

A ideia é manter a partilha, porém, tirar o direito de preferência da Petrobras de ser operadora dos projetos, com participação mínima de 30%, segundo a secretária de Petróleo e Gás do MME, Renata Isfer.

"Queria que o leilão tivesse tido mais competitividade. Fui surpreendido pelo fato de a Petrobras não ter exercido seu direito de preferência em três áreas? Sim", reforçou o diretor-geral da ANP.

A avaliação de Oddone é que desde 2017 as companhias vêm recompondo seu portfólio e que o momento é de explorar e investir. "Tivemos um boom de interesse no pré-sal. Estamos saindo da maior crise para a maior aceleração que essa indústria já viveu. Isso não muda. Já estamos começando a ver a mudança de prioridades das petroleiras", afirmou.

Apesar de demonstrarem surpresa com o resultado do leilão, Albuquerque e Décio argumentaram que o somatório das licitações neste ano é positivo. Ao todo, o governo arrecadou R$ 85 bilhões nas rodadas realizadas ao longo de 2019.

As áreas que não foram arrematadas nesta quinta-feira vão ser leiloadas novamente no futuro, "em breve", segundo o ministro.

Acompanhe tudo sobre:CongressoPetrobras

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame