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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h47.
A indústria americana pagou menos pelos seus insumos e matérias-primas em junho, confirmando a expectativa do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, de que a inflação não ameaça a economia neste momento. Em junho, o índice de preços dos produtos caiu 0,3%, puxado pelo recuo dos alimentos e da energia. Trata-se do primeiro declínio do indicador desde novembro de 2003. O núcleo do índice, que exclui estes dois itens, porém, registrou alta de 0,2%.
Segundo os economistas, acompanhar os preços pagos pela indústria é importante porque pode antecipar, em até seis meses, tendências da inflação para os consumidores. Conforme o governo americano, o preço dos alimentos, para as indústrias, caiu 0,6% no mês passado. A energia ficou 1,6% mais barata, e os combustíveis baratearam 5,2%, a maior queda deste insumo verificada em 2004.
O preço dos bens de capital subiu 0,2% em junho. Já os equipamentos de comunicação e similares apontaram recuo de -1,3%. As empresas também pagaram 1,1% mais para adquirir veículos de passeio. No segmento de aeronaves civis, a alta foi de 1,6% a maior do segmento nos últimos dez anos.
Produção em queda
A produção industrial dos Estados Unidos caiu 0,3% em junho. Foi o maior recuo do indicador desde abril de 2003, conforme o Fed. Em maio, as indústrias haviam crescido 0,9%. A taxa de ocupação da capacidade instalada também recuou de 77,6%, no mês retrasado, para 77,2% em junho.
O resultado surpreendeu os analistas, que enxergavam um processo contínuo de expansão do parque fabril, segundo o jornal americano The Wall Street Journal. A expectativa do mercado era que a indústria produzisse 0,1% mais no mês passado, e a taxa de ocupação passasse para 77,7%.