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Preço diferente no cartão é um retrocesso, diz Proteste

Para entidade, a proposta está errada, argumentando que o consumidor não pode arcar com um custo que é do lojista junto à administradora do cartão

Crédito: coordenadora institucional da Proteste defende que usar cartão é questão de segurança (Pascal Le Segretain/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2014 às 17h10.

Brasília - A proposta aprovada nesta quarta-feira, 06, no Senado que permite aos comerciantes a cobrança de preços diferentes para compras feitas com cartão de crédito é um retrocesso para o consumidor , aponta a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor - Proteste.

A estratégia da entidade, agora, será tentar impedir, na Câmara, que a proposta avance.

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A Proteste explica que o Projeto de Decreto Legislativo do Senado (PDS) nº 31 de 2013 suspende a Resolução 34/89 do Conselho Nacional de Defesa do Consumidor.

E é essa mudança de regras que permitiria praticar valores diferentes para pagamentos em cartão em relação ao valor à vista.

Para a entidade, a proposta está errada, argumentando que o consumidor não pode arcar com um custo que é do lojista junto à administradora do cartão.

"O cartão de crédito é um meio de pagamento à vista como qualquer outro e quem paga com ele tem o mesmo direito a descontos e promoções", argumenta a coordenadora institucional da Proteste, Maria Inês Dolci.

Ela defende que usar o cartão é também uma questão de segurança, pois é possível cancelá-lo em caso de roubo.

Proteste e outras entidades - Fundação Procon-SP, Associação Brasileira de Procons, Procon Brasil, Fórum das Entidades de Defesa do Consumidor, Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) e Associação da Defesa da Cidadania e do Consumidor (Adecon) - enviaram manifesto ao Senado alertando que a adoção de preço diferente no pagamento com cartão causará grande desequilíbrio nas relações de consumo, impactando, inclusive, na ordem econômica e nos índices de inflação do mercado.

Ao aderir a um cartão de crédito o consumidor já paga anuidade, ou tem custos com outras tarifas e paga juros quando entra no rotativo.

Por isso, não tem porque pagar mais para utilizá-lo, defende a Proteste.

Segundo a entidade, o custo do lojista para trabalhar com cartão faz parte do risco do negócio e cabe a ele negociar com a credenciadora o aluguel de máquinas e taxa de administração cobrada sobre o valor de cada compra, sem envolver o consumidor.

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