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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h59.
O Plano Plurianual de investimentos 2004-2007 (PPA), apresentado pelo ministro do Planejamento Guido Mantega nesta quarta-feira (3/9), ainda parece estar distante do plano "realista e pé no chão" prometido pelo governo. Se o plano acontecer, ao cabo de quatro anos o Brasil será outro país, com outro nível de desenvolvimento social , disse Mantega ao apresentar a versão final do texto.
A meta de crescimento acumulado é de 18,7% do PIB até 2007. Esse crescimento ocorreria juntamente com queda da relação dívida/PIB (58,1% em 2004 e 48,2% em 2007), da inflação medida pelo IPCA (7,5% em 2004 e 4% em 2007) e do juro real (média de 8,1% em 2004 e 4,1% em 2007).
O PPA também tem metas como eliminação do analfabetismo e eliminação da fome , ao lado de investimentos sociais e em infra-estrutura que totalizam 1,86 trilhão de reais em quatro anos, dos quais 1,34 trilhão durante os próximos três anos, na atual gestão. Entre suas principais metas estão:
Previsões
Entre as previsões que o documento faz, está a expectativa de investimento, ou formação bruta de capital fixo, em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). Esse é o dado mais relevante para o crescimento de uma economia. Se o círculo virtuoso esperado pelo governo ocorrer, esse investimento (público e privado) passará de 18,5% em 2003 para 19,4% em 2004, 19,9% em 2005 e 20,6% em 2006, último ano da atual gestão do PT. Em 2007, chegaria a 21,2%. O investimento começaria com 406,4 bilhões de reais em 2004 e cresceria até 513,5 bilhões em 2007.
O PPA será revisto anualmente, mas Mantega acredita que ele seja factível, já que a inflação deixou de ser a principal preocupação. As condições macroeconômicas da estabilidade estão dadas , disse o ministro. Se cumprirmos o plano, teremos crescido ao cabo de quatro anos mais do que o país cresceu nos últimos oito .
A ressalva - esta, sim, realista -feita pelo ministro é que o PPA se baseia numa expectativa. Mantega espera que o PIB cresça pelo menos 3% entre outubro e dezembro e que, assim, comece um círculo virtuoso. Com crescimento (previsto pelo governo para chegar a 3,5% em 2004 e 5% em 2007), as obras do PPA poderão ser feitas, reduzirão o Custo Brasil e promoverão mais crescimento. Se o Brasil não crescer, certamente parte desse plano não ocorrerá , disse o ministro. O governo de Fernando Henrique Cardoso também apresentou um PPA, em 1999. Pouco dele saiu do papel, já que o país ficou preso no baixo crescimento.
O Plano Plurianual 2004-2007 pode ser baixado do site http://www.planobrasil.gov.br