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Por que estas são as 7 cidades mais globais do planeta

Londres é a "mais global das globais" em lista da Deloitte dominada por quem consegue atrair talentos e gerar empregos baseados em conhecimento

Onde o local encontra o global (Jason Alden/Bloomberg)

João Pedro Caleiro

Publicado em 24 de março de 2016 às 06h00.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h17.

São Paulo - O que torna uma cidade global? Um dos elementos é o "soft power": a capacidade de influenciar baseada não na força, mas em valores e persuasão. Isso nunca foi tão importante quanto hoje, quando atrair talentos se tornou um dos maiores diferenciais na produção econômica. É o que diz o recente relatório "Cidades globais, talentos globais", da consultoria Deloitte , que parte de uma lista de cidades feita pela revista The Atlantic". Ele tem dois pilares centrais. Um deles é a rede do mundo dos negócios, analisada com base em dados da BoardEx que permitiram acompanhar o movimento de 50 mil executivos e líderes do setor público de 40 mil organizações em 160 países. O outro é a capacidade de criar e manter empregos intensivos em conhecimento, especialmente diante de uma Quarta Revolução Industrial marcada por automação massiva e necessidade de adaptação constante. Veja quais são as 7 principais cidades globais do planeta e por que:
  • 2. Londres, Reino Unido

    2 /9(Chris Jackson/Getty Images)

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    Londres é "a mais global das cidades globais", diz o relatório, considerando como critério a rede de executivos que estudam ou trabalham lá (ou já o fizeram no passado) com 95 nacionalidades e alcance de 134 países. Estas pessoas foram atraídas pela "força dos seus negócios financeiros, a qualidade das suas universidades e a vitalidade de sua cena criativa e de startups digitais" - que podem ser prejudicadas por uma possível saída da União Europeia. O lado obscuro desse sucesso, também presente em outras cidades globais, é a disparada no custo de vida que gera coisas como uma vaga de estacionamento à venda pela bagatela de R$ 1,8 milhão.
    Empregos intensivos em conhecimento
    Em número absoluto1,7 milhão
    Crescimento nos últimos 3 anos16%
    Em % do total30,6%
  • 3. Nova York, Estados Unidos

    3 /9(Wikimedia Commons/AngMoKio)

  • "Para terem um sucesso sustentável, as cidades precisam competir pelo grande prêmio: capital intelectual e talento". A frase de Michael Bloomberg , prefeito de Nova York entre 2002 e 2013, explica porque a cidade aparece tão alto neste tipo de ranking. A rede de executivos que estudam ou trabalham lá (ou já o fizeram no passado) atinge 87 nacionalidades e 120 países. Este rede foi criada e sustentada com crescimento econômico, inovação constante e diversidade em todos os sentidos.
    Empregos intensivos em conhecimento
    Em número absoluto1,1 milhão
    Crescimento nos últimos 3 anos-0,4%
    Em % do total27%
  • 4. Paris, França

    4 /9(Wikimedia Commons)

    Paris é 3º lugar no quesito de redes que vão mais longe: gente de 71 nacionalidades e 108 países já estudaram ou trabalharam no país (ou estão lá no momento). 10,5% são mulheres, mesma proporção de Londres. A cidade também é uma das líderes de consumo de luxo e está na vanguarda ecológica.
    Empregos intensivos em conhecimento
    Em número absoluto627 mil
    Crescimento nos últimos 3 anos4,6%
    Em % do total32,7%
  • 5. Hong Kong

    5 /9(Thinkstock)

    A rede de executivos com passagem ou residência em Hong Kong não é tão diversa (39 nacionalidades e 79 países), mas o país compensa com uma posição bem alta em vários outros rankings internacionais. O país é lider mundial em infraestrutura , com destaque para seu excelente aeroporto, além de ser um dos primeiros lugares em competitividade, desenvolvimento e segurança. Seu desafio agora é inovar mais.
    Empregos intensivos em conhecimento
    Em número absoluto769 mil
    Crescimento nos últimos 3 anos1,4%
    Em % do total19,8%
  • 6. Singapura

    6 /9(Thinkstock)

    A pequena Singapura é primeiro lugar mundial em facilidade de fazer negócios e preparação para o futuro, segundo o Fórum Econômico Mundial.  É também a cidade mais cara do planeta, segundo a Economist Intelligence Unit, e um destino cobiçado entre os super-ricos, segundo a New World Wealth. O país não cansa de inovar, seja com o bairro adaptado para idosos ou criação de tecnologia 3D para construção. Sua rede envolve executivos de 32 nacionalidades que alcançam 70 países.
    Empregos intensivos em conhecimento
    Em número absoluto728 mil
    Crescimento nos últimos 3 anos0,2%
    Em % do total19,9%
  • 7. Tóquio, Japão

    7 /9(Thinckstock)

    Com base na lista de quem trabalha ou estuda em determinada cidade (ou já o fez no passado), a Deloitte analisou também os graus de separação entre eles. Das 7 cidades globais, Tóquio tem uma das redes menos cosmopolitas (31 nacionalidades e 55 países), mas ainda assim é possível chegar de qualquer executivo da lista até qualquer outro com apenas 3 pulos. Outro ponto negativo é o da inclusão feminina, grande problema da economia japonesa. Apenas 2,2% da lista executiva de Tóquio é de mulheres, enquanto todas as outras 6 cidades estão acima dos 10% neste quesito.   Tóquio não tem disponíveis os números relacionados a empregos intensivos em conhecimento.
  • 8. Sydney, Austrália

    8 /9(Ian Waldie/Getty Images)

    Sydney, na Austrália , tem a menor rede de executivos: 19 nacionalidades que se espalham por 57 países em 1,91 "graus de separação". Em outras palavras: todo mundo é "amigo de um amigo". Outro destaque em relação às outras cidades é a liderança na proporção de mulheres executivas, ainda que seja pequena (12,3%).
    Empregos intensivos em conhecimento
    Em número absoluto607 mil
    Crescimento nos últimos 3 anos6,6%
    Em % do total24,6%
  • 9 /9(Germano Lüders/EXAME)

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