Economia

Plano Safra 2020/21 será anunciado no dia 17 de junho, diz Tereza Cristina

A ministra da Agricultura ressaltou, porém, que ainda não tem a taxa de juros fechada para o próximo ciclo agrícola

Tereza Cristina: para a ministra, a prioridade no crédito agropecuário para a temporada 2020/21 será os pequenos e médios produtores (Adriano Machado/Reuters)

Tereza Cristina: para a ministra, a prioridade no crédito agropecuário para a temporada 2020/21 será os pequenos e médios produtores (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de junho de 2020 às 10h07.

Última atualização em 8 de junho de 2020 às 13h55.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, anunciou que o Plano Safra 2020/21 será divulgado no dia 17 de junho. "Está marcado", garantiu ela, em "live" promovida na tarde da última sexta-feira pela MZR Consultoria. Ela ressaltou, porém, que ainda não tem a taxa de juros fechada para o próximo ciclo agrícola, que tem início em 1º de julho. "Mesmo se tivesse estaria impedida de dizer", enfatizou.

Segundo Tereza Cristina, a prioridade no crédito agropecuário para a temporada 2020/21 será, novamente, os pequenos e médios produtores. "Temos de viabilizar os pequenos produtores, para que eles entrem cada vez mais no sistema de produção de alto nível e tenham mais renda", justificou, acrescentando que desde o ano passado a política agrícola no Plano Safra beneficiou pequenos e médios produtores. "O grande produtor dispõe de outras formas de financiamento; eles podem buscar recursos no mercado".

Ela citou a mais recente ferramenta de captação de recursos para o setor agropecuário, principalmente para grandes produtores, embutida na Lei 13.986, de 7 de abril de 2020 - a antiga MP do Agro, que trouxe várias mudanças no sistema privado de financiamento do agronegócio.

De todo modo, para o ano-safra que se inicia em 1º de julho, Tereza Cristina mostrou preocupação em garantir recursos para linhas de investimento, sobretudo Inovagro, Moderagro, PCA e Moderfrota. No caso do PCA, por exemplo, linha destinada à armazenagem, a ministra disse não ter "nada contra" cooperativas e cerealistas, mas reforçou que o produtor "tem de ter armazém na propriedade". "Ele precisa de um silo-pulmão na fazenda", disse.

A ministra citou, além disso, o setor de avicultura, que tem ampliado fortemente as vendas externas e demanda grandes investimentos em segurança alimentar. "O setor avícola precisa de muito capital. Cada vez mais se exige em termos de biossegurança na área de sanidade nesses aviários; cada vez mais eles precisam se modernizar e precisam atender a mais exigências sanitárias, tanto aqui quanto lá de fora."

Mesmo demonstrando preocupação com essas linhas de investimento e às portas do anúncio do Plano Safra 2020/21, a ministra reconheceu que ele ainda não é o que ela gostaria. "Poderia ser um pouco mais (de recursos)", disse. "Mas o plano que vamos aprovar vai deixar a agricultura com essa possibilidade, de ter crédito e produzir mais."

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