Economia

Pirataria traz prejuízos tanto ao Brasil quanto aos EUA

De acordo com Gesner Oliveira, sócio da Tendências Consultoria, o combate à falsificação e ao contrabando estimula a economia e a pesquisa

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h59.

A repressão do Brasil à pirataria não beneficiará apenas os fabricantes americanos, que batalham contra a concorrência desleal de produtos falsificados ou contrabandeados. A redução da informalidade favorecerá também as empresas brasileiras, atrairá investimentos diretos para o país e incentivará a pesquisa tecnológica, de acordo com Gesner Oliveira, sócio da Tendências Consultoria.

Em relatório divulgado nesta sexta-feira (8/4), Oliveira destaca os efeitos negativos da pirataria sobre o mercado interno. Ao desrespeitar as normas técnicas, burlar o pagamento de impostos e imitar marcas famosas, os piratas reduzem o espaço dos produtores legais. "Isto faz com que o setor formal pratique preços elevados para compensar a pequena quantidade vendida, abrindo ainda mais espaço para o negócio informal", afirma Oliveira.

No início de abril, os Estados Unidos decidiram prorrogar até 30 de setembro o prazo para que o Brasil adote medidas efetivas de combate à pirataria. Caso isso não aconteça, o país será excluído do Sistema Geral de Preferências (SGP), que garante a isenção de imposto de importação para determinadas mercadorias. Segundo Oliveira, uma eventual retaliação americana ao Brasil teria pouco impacto sobre a balança comercial, já que apenas 300 produtos nacionais são beneficiados pelo SGP.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

Acelerada pela Nvidia, Google — e agora Amazon —, startup quer inovar no crédito para PMEs

Cigarro mais caro deve pressionar inflação de 2024, informa Ministério da Fazenda

Fazenda eleva projeção de PIB de 2024 para 3,2%; expectativa para inflação também sobe, para 4,25%

Alckmin: empresas já podem solicitar à Receita Federal benefício da depreciação acelerada