Economia

Piora expectativa de inflação; Meirelles diz que alta nos preços não ameaça

Pioram as expectativas do mercado financeiro para a economia do país em 2004. O primeiro levantamento feito pelo Banco Central (BC) depois da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) - na qual os juros foram reduzidos para 16,25% - mostra alta da inflação e menor redução da Selic. Enquanto a estimativa para o Índice de Preços ao […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h38.

Pioram as expectativas do mercado financeiro para a economia do país em 2004. O primeiro levantamento feito pelo Banco Central (BC) depois da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) - na qual os juros foram reduzidos para 16,25% - mostra alta da inflação e menor redução da Selic. Enquanto a estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu para 6% (contra 5,95% medidos na semana passada), os juros amargaram a terceira alta consecutiva, para 14%. No início de março, essa expectativa era de 13,75% e na semana passada, 13,84%.

No entanto, o presidente do BC, Henrique Meirelles, afirmou na última sexta-feira (19/3) que não considera mais a inflação alta uma ameaça. Em discurso aos representantes dos maiores bancos brasileiros, em São Paulo, ele afirmou que no início de 2003 a volta da aceleração inflacionária rondava o país, mas não se concretizou. "O pior já passou, e o Brasil começou a crescer."

O comportamento da inflação nos próximos meses, bem como o desempenho da economia do país no primeiro trimestre do ano, serão decisivos para o governo Lula. A pesquisa semanal do BC junto à quase 100 instituições financeiras mostra estabilidade nos índices de março e abril (0,43% e 0,40%, respectivamente). Se a expectativa se confirmar, seria o início de uma desaceleração nos preços, que tiveram alta de 0,61% em fevereiro.

No que diz respeito ao crescimento econômico, Meirelles voltou a destacar a taxa anualizada do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no último trimestre de 2003, que foi de 6,14%. Para ele, este é o sinal mais claro da retomada do crescimento, ainda que o PIB do ano passado tenha ficado negativo. Já os analistas de mercado reconsideram suas expectativas quanto ao crescimento desde o início de março. E a revisão é para baixo: na primeira semana do mês, era esperada taxa de 3,76%. Caiu para 3,7% na semana passada e agora está em 3,56%.

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