Economia

PIB deve ficar mais negativo ao longo do ano, diz FGV

A FGV informou nesta sexta-feira, 15, que a queda na atividade acumulada nos 12 meses encerrados em fevereiro está em 4,1%


	PIB: "As previsões vão piorar. O PIB deve ficar mais negativo ao longo do ano"
 (Marcos Santos/USP Imagens)

PIB: "As previsões vão piorar. O PIB deve ficar mais negativo ao longo do ano" (Marcos Santos/USP Imagens)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2016 às 15h35.

Rio - A atividade econômica deve mostrar retração neste ano pior do que aquela estimada pelo mercado financeiro, previu Claudio Considera, pesquisador associado do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e responsável pelo Monitor do PIB.

A FGV informou nesta sexta-feira, 15, que a queda na atividade acumulada nos 12 meses encerrados em fevereiro está em 4,1%, o 14º resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação, segundo o Monitor do PIB.

O último Relatório de Mercado Focus, divulgado na segunda-feira, 11, pelo Banco Central (BC), mostrou que as previsões das instituições privadas para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deste ano são de retração de 3,77%.

Um mês antes, o recuo estimado era de -3,54%. "As previsões vão piorar. O PIB deve ficar mais negativo ao longo do ano", previu Considera.

O destaque negativo no Monitor é a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que recua 15% no acumulado em 12 meses até fevereiro. O Consumo das Famílias diminuiu 4,3%.

"As famílias estão consumindo menos, a inflação está comendo a renda, e ainda por cima tem o desemprego, que vai continuar aumentando", justificou Considera.

Segundo ele, tampouco há perspectiva de retomada do investimento. "A falta de confiança na política econômica impede os empresários de voltar a investir. Os 'caras' não sabem o que vai acontecer. Tem que haver uma definição de uma vez", opinou.

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraEmpresasFGV - Fundação Getúlio VargasPIBPIB do Brasil

Mais de Economia

Congelamento de R$ 15 bi no Orçamento será oficializado nesta segunda

Brasil exporta 31 mil toneladas de biscoitos no 1º semestre de 2024

Corte anunciado por Haddad é suficiente para cumprir meta fiscal? Economistas avaliam

Qual é a diferença entre bloqueio e contingenciamento de recursos do Orçamento? Entenda

Mais na Exame