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PIB cresce até 2% em cenário otimista para o governo Lula, diz Tendências

São Paulo, 19 de novembro (Portal EXAME) A consultoria Tendências realizou um estudo considerando três diferentes cenários para o próximo ano, que variam de acordo com as ações que forem sendo tomadas ao longo do próximo ano pelo governo eleito. Justamente por ser a primeira vez que o PT chega ao governo federal, as incógnitas, […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h48.

São Paulo, 19 de novembro (Portal EXAME) A consultoria Tendências realizou um estudo considerando três diferentes cenários para o próximo ano, que variam de acordo com as ações que forem sendo tomadas ao longo do próximo ano pelo governo eleito. Justamente por ser a primeira vez que o PT chega ao governo federal, as incógnitas, segundo a consultoria, são muitas. A ponto de alguns indicadores apresentarem enormes variações ao se comparar o cenário mais otimista com o mais pessimista.

No cenário mais otimista, onde ocorreriam avanços com relação a temas como as reformas fiscal, previdenciária e trabalhista, a previsão é de um crescimento do PIB entre 1% e 2%. A inflação ficaria em torno de 7% e a balança comercial registraria saldo próximo ao deste ano _cerca de US$ 11 bilhões.

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No segundo cenário, onde o governo continuaria dando sinais positivos nos primeiros meses, mas, depois, passaria a sofrer pressão para cumprir os compromissos assumidos durante a eleição, a expectativa de inflação já sobe para 10%. O crescimento do PIB, por sua vez, não chegaria a 1% e o saldo da balança comercial chegaria a R$ 17 bilhões.

Já de acordo com a previsão mais pessimista, num cenário onde o governo não conseguiria estabelecer credibilidade junto aos investidores, o PIB chegaria a registrar um recuo de 0,5% e a inflação atingiria 15%. A balança comercial, por sua vez, daria um salto para US$ 22 bilhões.

Nesse contexto, segundo o relatório da consultoria, a queda das taxas de juros somente poderia ocorrer mediante aceitação de uma taxa de inflação mais elevada . Ainda nesse cenário, o Real voltaria a sofrer forte desvalorização em relação ao dólar, o que levaria muitas empresas que possuem receitas em reais e dívidas em dólar a ficarem inadimplentes.

Em nenhum desses três cenários, porém, a consultoria Tendências acredita que há o risco do país decretar moratória das dívidas interna e externa.

Setores

Setores marcados por tradição na exportação devem continuar se beneficiando do aumento nas vendas ao exterior. Já as empresas que dependem do setor doméstico devem amargar queda nas vendas e no faturamento, considerando que o desemprego está em alta. Essa é a previsão para a indústria no próximo ano, de acordo com relatório da consultoria Tendências.

Para o setor agropecuário, a estimativa é de crescimento. Tendência de alta nos preços internacionais das commodities levam à previsão de mais um resultado recorde na safra anual que teve início agora em outubro. A produção de grãos deve apresentar alta de mais de 10% sobre a safra anterior. No setor de carnes, também há previsão de alta nos preços internacionais. A estimativa da consultoria é que o setor de alimentos e bebidas também cresça na esteira do agronegócio.

Para o setor automobilístico, a estimativa é que as vendas internas só retomem o crescimento a partir do final do primeiro semestre. Situação semelhante deve enfrentar o varejo. Apenas em meados do segundo semestre o setor deve começar a registrar recuperação nas vendas.

A construção civil, que tem grande capacidade de contratação de mão-de-obra, deve passar a apresentar resultados positivos a partir de setembro, encerrando o ano com ligeiro crescimento.

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