PIB brasileiro vai crescer em 2017, diz secretário da Fazenda
Segundo o secretário, se forem tomadas medidas corretas, haverá recuperação econômica no próximo ano
Agência Brasil
Publicado em 9 de dezembro de 2016 às 20h53.
O Produto Interno Bruto ( PIB ) brasileiro vai voltar a crescer em 2017, depois de dois anos consecutivos em queda. A avaliação é do secretário de acompanhamento econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida.
Ele participou, nesta sexta-feira (9), do seminário Perspectivas de Médio e Longo Prazo do Ajuste Fiscal no Brasil, na Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio.
"Pelos indicadores que temos hoje, esperamos que sim [que vai crescer]. E uma coisa que o governo está trabalhando muito fortemente é com a agenda de medidas estruturais. Quando um país aprova uma série de medidas estruturais, fortalecimento de agências reguladoras, novo marco regulatório de concessão, ajuste fiscal, [reforma da] Previdência, a consequência natural disso vai ser mais crescimento", disse Mansueto, aos jornalistas.
Segundo o secretário, se forem tomadas medidas corretas, haverá recuperação econômica no próximo ano, com dúvida apenas quanto à velocidade do processo.
"Esta instituição [FGV] estava com previsão de PIB de 0,6%, o mercado está 0,8%. No ano passado, a gente teve uma queda de PIB de 3,8%, este ano de 3,5%. No ano que vem, só o fato da economia estar voltando a crescer, já é uma mudança significativa. Quando foi que o Brasil teve dois anos consecutivos de queda do PIB? Quando produzia e exportava café, em 1930 e 1931", disse Mansueto.
O secretário de acompanhamento econômico ressaltou que a previsão do governo para 2017 é de avanço projetado no PIB de 1%.
"A nossa perspectiva oficial é ter crescimento, uma projeção de 1%. Por enquanto a gente acredita que vai ter recuperação do investimento. É mais demorado do que se esperava. É um estímulo para a gente apressar a agenda de reformas. Se o Brasil fizer o ajuste fiscal, sinalizar com a retomada das concessões dentro do novo marco regulatório, com uma série de coisas na área micro, a consequência é que a produtividade vai voltar a crescer e a gente vai ter mais crescimento", disse Mansueto.