PIB brasileiro crescerá 3,8% este ano, prevê OCDE
Organização está otimista com a economia mundial, mas diz que é preciso cuidado com o desequilíbrio das contas correntes entre países
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h11.
O Brasil, apesar de não fazer parte da organização, mereceu uma pequena análise individual. De acordo com a OCDE, a economia brasileira crescerá 3,8% em termos reais (já descontada a inflação). Para 2007, a previsão é de uma expansão de 4%.
"A economia [brasileira] desapontou em 2005, mas está em recuperação, baseada na retomada do consumo e do forte resultado das exportações", diz o relatório. A preocupação, no caso do Brasil, fica por conta dos gastos do governo.
Já a economia americana, segundo a organização, continua sua trajetória de forma "impressionante". O relatório destaca alguns méritos, como a expansão produtiva, queda no desemprego e inflação estável. "Tudo isso apesar da alta do petróleo". Este ano, o PIB americano deve crescer 3,6%.
A Ásia também foi elogiada, sobretudo China e Japão. Este, depois de um trajetória deflacionária, está embarcando em um novo caminho, com alta no consumo, e retomada de exportações e investimentos.
Apesar do tom otimista do relatório, a OCDE admite que há riscos. O principal deles diz respeito ao desequilíbrio entre contas correntes entre diversos países, que vem crescendo nos últimos anos. Dentro da União Européia existe um exemplo: enquanto a Alemanha apresenta um superávit em conta corrente de 4,2% do PIB, a Espanha vive com um déficit de 10%.
"Já foi dito diversas vezes que esse tipo de desequilíbrio é insustentável no longo prazo, e pode acabar afetando o desempenho da economia mundial", diz a OCDE.
Veja qual é a previsão de crescimento do PIB (2006), segundo a OCDE:
Brasil: 3,8%
Estados Unidos: 3,6%
Japão: 2,8%
Região do Euro: 2,2%
China: 9,7%