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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h16.
O PFL e o PMDB deverão ter, novamente, as maiores bancadas no Senado a partir de 2003, seguidos do PT. De acordo com os resultados divulgados nesta segunda-feira (7) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram eleitos 14 senadores pelo PFL e nove pelo PMDB. Como cinco pefelistas e 10 peemedebistas ainda dispõem de mais quatro anos de mandato no Senado, cada um dos dois partidos contará com 19 senadores.
A balança poderá pender para o PMDB caso o candidato do PT ao Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva, seja eleito em segundo turno, de acordo com análise da Agência do Senado. Isso ocorreria porque o candidato a vice-presidente na chapa de Lula, senador José Alencar (PL-MG), abriria espaço para a posse de seu suplente, Aélton José de Freitas, atualmente filiado ao PMDB. Nesse caso, o PMDB passaria a ter 20 senadores e a maior bancada da Casa.
A atual bancada do PMDB é de 23 parlamentares -haveria, portanto, uma redução de três ou quatro senadores, dependendo da posse ou não de Freitas. O PFL, por sua vez, acrescenta um parlamentar à sua atual bancada de 18 representantes. Também integrante do atual bloco de sustentação do governo, o PSDB terá sua bancada reduzida de 14 para 11 senadores.
Com isso, a terceira maior bancada do Senado passará a ser a do PT. Com a eleição/reeleição de 10 senadores neste ano, sua bancada deverá contar com 14 integrantes - seis a mais do que atualmente. O PDT elegeu quatro senadores, mas a composição de sua bancada ainda depende do resultado das eleições do Paraná, onde o senador Álvaro Dias (PDT-PR) disputa o segundo turno para o governo estadual com o também senador Roberto Requião (PMDB-PR).
O PSB, o PTB e o PL deverão contar com três senadores cada. O PL poderá ver sua bancada reduzida de três para dois senadores, no caso da vitória de Lula. O PPS, o PPB e o PSD terão um parlamentar, cada. Ainda encontra-se sem partido João Batista da Mota, suplente do senador Paulo Hartung (PSB-ES), eleito governador do Espírito Santo. A posse dos novos senadores será no dia 1º de fevereiro.
A bancada do PT será a que mais vai crescer no Senado. O partido ganhou seis cadeiras, e pulou de oito para 14 senadores, registrando o melhor desempenho de sua história. Com o crescimento, os petistas ultrapassaram o PSDB e vão formar a terceira maior bancada do Senado. Os tucanos, que tinham direito a 14 vagas, vão ocupar apenas 11 cadeiras a partir do ano que vem.
Renovação
Dos 54 candidatos eleitos neste domingo para um mandato de oito anos, apenas 15 dos atuais senadores estarão de volta. Os demais 39 chegam pela primeira vez ao Senado, ou retornam depois de uma longa ausência -como o vice-presidente da República, Marco Maciel (PFL), e o ex-governador do Rio Grande do Norte Garibaldi Alves (PMDB). As informações são da Agência do Senado.
Entre os novos eleitos, estarão em Plenário, a partir de fevereiro, além de Garibaldi, os ex-governadores João Capiberibe (PSB), do Amapá; César Borges (PFL), da Bahia; Cristovam Buarque (PT), do Distrito Federal; Roseana Sarney (PFL), do Maranhão; Eduardo Azeredo (PSDB), de Minas Gerais; José Maranhão (PMDB), da Paraíba; Valdir Raupp (PMDB), de Rondônia; e Mão Santa (PMDB), do Piauí.
Veja os eleitos que darão a nova cara do Senado a partir de fevereiro de 2003:
Acre
Marina Silva (PT)
Geraldinho Mesquita (PSB)
Alagoas
Renan Calheiros (PMDB)
Teotonio Vilela (PSDB)
Amap
Papaléo Paes (PTB)
João Capiberibe (PSB)
Amazonas
Artur Neto (PSDB)
Jefferson Peres (PDT)
Bahia
Antonio Carlos Magalhães (PFL)
César Borges (PFL)
Cear
Tasso Jereissati (PSDB)
Patrícia Gomes (PPS)
Distrito Federal
Cristovam Buarque (PT)
Paulo Octávio (PFL)
Espírito Santo
Magno Malta (PL)
Gerson Camata (PMDB)
Goiás
Demostenes Torres (PFL)
Lúcia Vania (PSDB)
Maranhão
Roseana Sarney (PFL)
Edison Lobão (PFL)
Mato Grosso
Jonas Pinheiro (PFL)
Serys (PT)
Mato Grosso do Sul
Ramez Tebet (PMDB)
Delcidio Amaral Gomes (PT)
Minas Gerais
Eduardo Azeredo (PSDB)
Hélio Costa (PMDB)
Par
Ana Julia (PT)
Duciomar (PSD)
Paraíba
José Maranhão (PMDB)
Efraim Morais (PFL)
Paran
Osmar Dias (PDT)
Flávio Arns (PT)
Pernambuco
Marco Maciel (PFL)
Sergio Guerra (PSDB)
Piau
Mão Santa (PMDB)
Heráclito Fortes (PFL)
Rio de Janeiro
Sérgio Cabral (PMDB)
Marcelo Crivella (PL)
Rio Grande do Norte
Garibaldi Filho (PMDB)
José Agripino (PFL)
Rio Grande do Sul
Sérgio Zambiasi (PTB)
Paulo Paim (PT)
Rondônia
Fátima Cleide (PT)
Valdir Raupp (PMDB)
Roraima
Romero Jucá (PSDB)
Augusto Botelho (PDT)
Santa Catarina
Ideli Salvatti (PT)
Leonel Pavan (PSDB)
São Paulo
Aloizio Mercadante (PT)
Romeu Tuma (PFL)
Sergipe
Antonio Carlos Valadares (PSB)
Almeida Lima (PDT)
Tocantins
Leomar Quintanilha (PFL)
João Ribeiro (PFL)
Os que ficam
Conheça o um terço da bancada que fica por mais quatro anos no Senado:
Acre
Tião Viana (PT)
Alagoas
Heloísa Helena (PT)
Amap
José Sarney (PMDB)
Amazonas
Gilberto Mestrinho (PMDB)
Bahia
Paulo Souto (PFL)
Cear
Luiz Pontes (PSDB)
Distrito Federal
Valmir Amaral (PMDB)
Espírito Santo
Paulo Hartung (PSB)
Goiás
Maguito Vilela (PMDB)
Minas Gerais
José Alencar (PL)
Maranhão
João Alberto Souza (PMDB)
Mato Grosso
Antero Paes de Barros (PSDB)
Mato Grosso do Sul
Juvêncio da Fonseca (PMDB)
Par
Luiz Otávio (PPB)
Paraíba
Ney Suassuna (PMDB)
Paran
Álvaro Dias (PDT)
Pernambuco
José Jorge (PFL)
Piau
Alberto Silva (PMDB)
Rio de Janeiro
Roberto Saturnino (PT)
Rio Grande do Norte
Tasso Rosado (PTB)
Rio Grande do Sul
Pedro Simon (PMDB)
Rondônia
Amir Lando (PMDB)
Roraima
Mozarildo Cavalcanti (PFL)
Santa Catarina
Jorge Bornhausen (PFL)
São Paulo
Eduardo Suplicy (PT)
Sergipe
Maria do Carmo Alves (PFL)
Tocantins
Eduardo Siqueira Campos (PSDB)