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Petrobras diz que terá prejuízo se importar diesel com metodologia da ANP

Posição é de que cálculo do preço de referência proposto pelo governo gera valor inferior ao de importação, inibindo as empresas de trazer o produto de fora

Petrobrás: Segundo empresa, há um risco de desabastecimento do mercado interno, porque as refinarias da estatal não são capazes de atender toda demanda (Paulo Witaker/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de agosto de 2018 às 19h11.

Última atualização em 17 de agosto de 2018 às 19h13.

Rio - Gerente de Marketing e Comercialização da Petrobras , Guilherme França afirmou que não vê racionalidade econômica na metodologia de cálculo do preço de referência proposto pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis ( ANP ) para balizar o programa de subvenção do óleo diesel.

"Na região Sudeste e Centro-Oeste, a situação é mais grave ainda. Tenho dúvida se teria autorização da diretoria para importar com risco de prejuízo", afirmou França, em audiência pública da agência reguladora para recolher opinião do mercado sobre a metodologia proposta.

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Entre os participantes, a posição unânime é de que a metodologia proposta pela ANP gera um preço inferior ao de importação, o que inibe as empresas a trazer o produto de fora. Com isso, há um risco de desabastecimento do mercado interno, porque as refinarias da estatal não são capazes de atender toda demanda, segundo França.

Também presente à audiência, o presidente da Abicom, Sérgio Araújo, representante das empresas importadoras disse ainda que a fórmula proposta pela ANP sinaliza aos investidores que não vale a pena entrar no mercado nacional.

"Nenhum investidor tem segurança de colocar dinheiro nessa condição. Essa proposta pode condenar o Brasil a parar de crescer", disse Araújo.

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