Washington - O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu na semana passada ao seu menor nível em sete anos, e os preços ao consumidor tiveram seu maior aumento em 10 meses em abril, indicando uma economia mais firme.
O cenário foi melhorado ainda mais por outros dados divulgados nesta quinta-feira, que mostraram que a atividade industrial no Estado de Nova York subiu em seu ritmo mais rápido em quase quatro anos em maio, embora a produção industrial geral dos Estados Unidos tenha caído em abril.
"Isso passa a mensagem de uma atividade econômica sólida", disse Anthony Karydakis, chefe de estratégia econômica da Miller Tabak em Nova York, falando antes dos dados sobre a produção industrial serem divulgados.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego recuaram em 24 mil na semana que terminou em 10 de maio, a 297 mil, segundo dados ajustados sazonalmente, informou o Departamento de Trabalho nesta quinta-feira.
Em um segundo relatório, o departamento disse que o Índice de Preços ao Consumidor dos EUA subiu 0,3 por cento no mês passado, uma vez que preços de alimentos subiram pelo quarto mês consecutivo e o preço da gasolina teve um salto.
Esse foi o maior aumente desde junho do ano passado.
A combinação de um mercado de trabalho se fortalecendo e um avanço das pressões inflacionárias deve servir de conforto ao Federal Reserve, banco central dos EUA, conforme diminui seu estímulo monetário. Isso, porém, não alterou muito as expectativas de que o Fed aguardará até pelo menos a metade do ano que vem antes de elevar os juros de perto de zero.
Em um relatório separado, o Fed disse que a produção industrial em geral caiu 0,6 por cento no mês passado, após ganho revisado para cima de 0,9 por cento em março.
Esta foi a maior queda desde agosto de 2012.
Tempos melhores podem estar por vir, no entanto. O índice "Empire State" do Fed de Nova York, que mede a atividade industrial no Estado de Nova York, saltou para 19,01 neste mês, a leitura mais forte desde junho de 2010, uma vez que novos pedidos dispararam. O índice tinha ficado em 1,29 em abril.
- 1. Trabalho
1 /11(Getty Images)
São Paulo - A Organização Internacional do
Trabalho (
OI T ) projeta que, em 2018, o desemprego entre os
jovens será de 12,8% e as diferenças regionais devem aumentar. É isso que a OIT afirma em seu relatório “Global employment trends for youth – a generation at risk” (tendências de emprego globais para os jovens – uma geração em risco) divulgado nesse mês.Desde um aumento sem precendentes no desemprego entre jovens entre 2008 e 2009, o desemprego global entre jovens segue em níveis muito altos, segundo a OIT. Entre 2009 e 2011, a taxa caiu de 12,7% para 12,3% e depois subiu para 12,4% em 2012 e continuou a crescer 12,6% nesse ano, segundo projeções da organização. Na comparação com os adultos, a situação dos jovens no mercado de trabalho segue desvantajosa. Enquanto, globalmente, a taxa de desemprego entre adultos pouco mudou – a projeção para 2013 é de 2,7% - entre os jovens, a probabilidade de estar desempregado é quase três vezes maior que a dos adultos. A OIT não espera que a gradual aceleração da economia no médio-prazo resulte em melhorias na possibilidade de trabalho para jovens no nível global. Veja o comportamento do desemprego entre jovens na última década em nove regiões, segundo a divisão da OIT, e a projeção para a taxa em 2018.
2. América Latina e Caribe 2 /11(Getty Images)
Na região, o forte crescimento econômico melhorou as condições sociais e de trabalho, mas os jovens não parecem ter se beneficiado completamente disso, segundo o relatório. A projeção para 2018 é de que a taxa de desemprego entre os jovens seja de 13,6%, sendo 11,2% entre os homens e 17,0% entre as mulheres. Em 2008, a taxa foi parecida, 13,5%. Nesses dez anos, a maior taxa foi a de 2009, 15,4%, sendo que, entre 1998 e 2008, o desemprego na região caiu 7,4%.
3. Economias desenvolvidas e União Europeia 3 /11(Getty Images)
A projeção de desemprego entre jovens é de 15,9% em 2018 sendo que dez anos antes, a taxa foi de 13,3%. A mais elevada nessa década foi 18,1% em 2010 e 2012 (projeção). Na década anterior, o desemprego na região caiu 12,3%. A projeção para 2018 é de 16,5% para os homens e 15,1% para as mulheres.
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4. Europa central e sudeste e CIS (Commonwealth of Independent States) 4 /11(Getty Images)
A projeção para a taxa de desemprego entre jovens em 2018 é de 18,0% - a mesma para os anos anteriores desde 2013. Em 2008 a taxa foi de 17,0%. Nesse intervalo de dez anos, a maior taxa foi 20,4%, em 2009. Para homens jovens, a projeção de desemprego em 2018 é de 17,7%, para as mulheres é um pouco maior, 18,3%. Entre 1998 e 2008, o desemprego na região caiu 21,3%.
5. Leste Asiático 5 /11(Getty Images)
Entre 1998 e 2008, o desemprego na região caiu 5,4%, mas, desde a crise econômica em 2008 e 2009, o desemprego entre jovens está em um nível mais alto na região. Em 2007, a taxa de desemprego entre jovens na região foi de 7,9% mas, desde 2008, a taxa está perto de 9,0% - em 2008, a taxa foi de 9,1%. Para 2018, a expectativa é de uma taxa de 10,5%, sendo 12,4% para homens e 8,4% para mulheres. No período, a maior projeção nos 10 anos é a de 2018.
6. Sudeste asiático e Pacífico 6 /11(Getty Images)
Entre 1998 e 2008, o desemprego na região subiu 23,7%. Os jovens dessa região estão cerca de cinco vezes mais propensos ao desemprego que os adultos. A projeção para desemprego de jovens em 2018 é de 14,3%, sendo 13,5% entre homens e 15,3% entre mulheres. A maior taxa em 10 anos foi a de 2008, de 14,4%.
7. Sul da Ásia 7 /11(Getty Images)
Um em cada dez jovens economicamente ativos no Sul da Ásia está desempregado, segundo o estudo. A projeção para 2018 é de taxa de 9,8% - sendo maior entre as mulheres, 10,5% e de 9,6% entre os homens. Em 2008 a taxa era de 8,5%. Entre 1998 e 2008, o desemprego na região subiu 2,3%. A taxa de desemprego no Sul da Ásia também tende a se elevar pelo nível de educação, que está ligado, em parte, à renda da família. Na última década, a maior taxa será registrada em 2017 e 2018, segundo as projeções, 9,8%.
8. Oriente Médio 8 /11(Getty Images)
O Oriente Médio tem, entre todas as regiões, a maior taxa de desemprego entre os jovens. Mais de um em quatro jovens economicamente ativos está desempregado. A projeção para 2018 é 30,0% e é bem diferente entre homens e mulheres, sendo 25,8% para homens e 44,7% para mulheres. Em 2008, a taxa era de 25,3%. Nesses dez anos, a maior porcentagem é de 2017 e 2018, os 30%. Entre 1998 e 2008, o desemprego na região subiu 31,1%.
9. Norte da África 9 /11(Getty Images)
A taxa para 2018 será de 23,9% - em 2008 era de 20,3%. Também há uma grande diferença entre as projeções para homens e mulheres em 2018. A projeção para as mulheres é de 35,8%, para os homens, 18,8%. Nos dez anos, a maior taxa foi de 24,0% em 2016 e 2017. A participação dos jovens no total de desempregados na região, no entanto, está diminuindo – mas isso se deve a mudanças demográficas– a participação dos jovens no total da população está caindo. Entre 1998 e 2008, o desemprego entre jovens na região caiu 7,2%.
10. África sub-saariana 10 /11(Getty Images)
A taxa de desemprego entre jovens na região é maior do que a entre adultos. Entre 1998 e 2008, o desemprego na região subiu 21,0%. A projeção para 2018 é de desemprego entre jovens em 11,7%, muito parecida com a de dez anos atrás, 11,8% em 2008, a taxa mais alta nesses dez anos, que se repetiu em 2009, 2010 e 2012. Para 2018, a expectativa é parecida para homens e mulheres, sendo 10,9% para homens e 12,5% para mulheres.
11. Veja também projeções de crescimento da economia para daqui a 5 anos 11 /11(Kay Nietfeld/Corbis/Latin Stock)