Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caem para mínima de 17 meses
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 29 mil, para um número com ajuste sazonal de 348 mil na semana encerrada em 14 de agosto
Reuters
Publicado em 19 de agosto de 2021 às 10h31.
O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu para uma mínima de 17 meses na semana passada, sugerindo outro mês de crescimento robusto do emprego , embora o aumento das infecções por covid-19 represente um risco para a recuperação do mercado de trabalho.
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Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 29 mil, para um número com ajuste sazonal de 348 mil na semana encerrada em 14 de agosto, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. O quarto declínio semanal seguido empurrou os registros para o patamar mais baixo desde meados de março de 2020, quando o fechamento obrigatório de negócios não essenciais foi imposto para desacelerar a primeira onda de casos de coronavírus.
Economistas consultados pela Reuters previam 363 mil novos pedidos para a última semana. As solicitações caíram de um recorde de 6,149 milhões no início de abril de 2020, mas permanecem acima da faixa de 200 mil a 250 mil considerada condizente com um mercado de trabalho saudável.
Os pedidos têm diminuído, com os empregadores agarrando-se aos seus trabalhadores em meio à escassez de mão de obra, à medida que as vacinações permitem uma reabertura total da economia. Mais da metade da população norte-americana foi totalmente imunizada contra a Covid-19.
Os dados de auxílio-desemprego cobriram o período de pesquisa do governo para o relatório de emprego de agosto. Com as soliticações abaixo de 400 mil, a criação de vagas deve ter permanecido forte após a economia abrir 943 mil postos de trabalho em julho.
Cerca de 8,7 milhões de pessoas estavam oficialmente desempregadas em julho. No segundo trimestre, a economia se recuperou totalmente da forte queda de produção sofrida durante a recessão da pandemia.
Pelo menos 25 Estados administrados por governadores republicanos abandonaram os programas de auxílio a desempregados financiados pelo governo federal, incluindo um benefício semanal de 300 dólares, que as empresas diziam incentivar os desempregados norte-americanos a ficarem em casa. Não há, entretanto, evidências de que a retirada antecipada do benefício tenha levado a um aumento nas contratações nesses Estados.
"Para a maioria, não houve uma diferença perceptível nos pedidos contínuos entre Estados que encerraram os programas federais amplos de auxílio-desemprego mais cedo e aqueles que não o fizeram", disse Veronica Clark, economista do Citigroup em Nova York. "Ainda vemos sinais de que a escassez de mão de obra pode não ser resolvida rapidamente com o fim dos benefícios a desempregados."
Os benefícios financiados pelo governo expirarão em 6 de setembro.
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