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Pedaladas foram cruciais para resultado fiscal ruim de 2014

Comprovadas pelos auditores do TCU em relatório final, atrasos nos repasses do Tesouro aos bancos só começaram a ser corrigidos em setembro

Dinheiro: "O relatório [do TCU] é preocupante", diz novo secretário do Tesouro (Bruno Domingos/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2015 às 19h33.

Brasília - A correção das "pedaladas fiscais" foi fundamental para o péssimo resultado fiscal em 2014.

Comprovadas pelos auditores do Tribunal de Contas da União ( TCU ) em relatório final após três meses de investigação, os atrasos nos repasses do Tesouro aos bancos só começaram a ser corrigidos em setembro.

Questionado nesta quinta-feira, 29, sobre os termos do relatório final do TCU, revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo em 11 de janeiro, o novo secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, afirmou: "O relatório é preocupante. Ele está sendo tratado pela AGU (Advocacia-Geral da União). Posso dizer que nossa administração busca trabalhar com transparência, tempestividade e seguindo as regras. Esta é a nossa diretriz".

O posicionamento de Saintive sobre o assunto revela a estratégia do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

A nova direção busca, de todas as formas, dar sinais de que a política econômica é "completamente distinta" daquela que vigorou no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff.

Restos

Saintive informou que o governo acumula despesas de R$ 226 bilhões em "restos a pagar" que farão parte da programação financeira deste ano.

Esse valor, disse, é um estoque de "vários anos", e não apenas de 2014.

"Nem todo esse valor se paga neste ano. Existe um ciclo de obras, principalmente do PAC, que não necessariamente se paga neste ano".

CDE

O secretário do Tesouro reafirmou nesta quinta que o financiamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), o "super fundo" do setor elétrico, não terá os R$ 9 bilhões em recursos do Tesouro.

"A posição do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, não se alterou".

Levy defende a retirada total de recursos públicos, transferindo integralmente o custo para a conta de luz dos consumidores.

"Levy já se pronunciou sobre o assunto e tenho a convicção que a posição dele não se alterou", disse Saintive.

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, defende manter ao menos uma parte dos recursos da CDE para evitar uma alta forte da conta de luz.

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Brasília - A correção das "pedaladas fiscais" foi fundamental para o péssimo resultado fiscal em 2014.

Comprovadas pelos auditores do Tribunal de Contas da União ( TCU ) em relatório final após três meses de investigação, os atrasos nos repasses do Tesouro aos bancos só começaram a ser corrigidos em setembro.

Questionado nesta quinta-feira, 29, sobre os termos do relatório final do TCU, revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo em 11 de janeiro, o novo secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, afirmou: "O relatório é preocupante. Ele está sendo tratado pela AGU (Advocacia-Geral da União). Posso dizer que nossa administração busca trabalhar com transparência, tempestividade e seguindo as regras. Esta é a nossa diretriz".

O posicionamento de Saintive sobre o assunto revela a estratégia do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

A nova direção busca, de todas as formas, dar sinais de que a política econômica é "completamente distinta" daquela que vigorou no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff.

Restos

Saintive informou que o governo acumula despesas de R$ 226 bilhões em "restos a pagar" que farão parte da programação financeira deste ano.

Esse valor, disse, é um estoque de "vários anos", e não apenas de 2014.

"Nem todo esse valor se paga neste ano. Existe um ciclo de obras, principalmente do PAC, que não necessariamente se paga neste ano".

CDE

O secretário do Tesouro reafirmou nesta quinta que o financiamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), o "super fundo" do setor elétrico, não terá os R$ 9 bilhões em recursos do Tesouro.

"A posição do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, não se alterou".

Levy defende a retirada total de recursos públicos, transferindo integralmente o custo para a conta de luz dos consumidores.

"Levy já se pronunciou sobre o assunto e tenho a convicção que a posição dele não se alterou", disse Saintive.

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, defende manter ao menos uma parte dos recursos da CDE para evitar uma alta forte da conta de luz.

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