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Parlamento russo ratifica protocolo de Kyoto

Votação abre caminho para que tratado que combate o aquecimento global se torne efetivo, compensando retirada americana em 2001

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h41.

A câmara dos deputados russa ratificou nesta sexta-feira (22/10) o Protocolo de Kyoto, abrindo caminho para a entrada em vigor das normas ambientais em todo o mundo. Moscou havia assinado o tratado em 1999, mas com a ressalva de que o ratificaria em 2004. Da assinatura até hoje, a confirmação da adesão russa foi usada pelo presidente Vladimir Putin como moeda de troca para que a União Européia (UE) aceitasse seu ingresso na Organização Mundial do Comércio (OMC) de acordo com suas condições. A informação é do jornal britânico Financial Times.

A votação dá força ao tratado assinado em 1997 por 126 membros da Organização das Nações Unidas (ONU) que prevê mecanismos obrigatórios para combater o aquecimento global assim que nações responsáveis por ao menos 55% das emissões de gases de efeito estufa (GEEs) no mundo ratificassem o protocolo. Em 2001, o presidente americano George W. Bush decidiu retirar-se do acordo, alegando que era muito dispendioso e desobrigava erroneamente países em desenvolvimento a reduzir as emissões de GEEs, como por exemplo, o dióxido de carbono (CO2).

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A indústria russa é responsável por 17% das emissões de gases das nações desenvolvidas. Com sua adesão, o Protocolo de Kyoto vai abarcar 61% das emissões, contra 44% atualmente. A parcela americana nas emissões globais é de 36%.

A meta geral é, entre 2008 e 2012, cortar as emissões de dióxido de carbono em 5,2%, usando como referência o nível de 1990. Para tanto, deve-se reduzir o uso de carvão, petróleo e gás natural e promover a adoção de "energias limpas", como a eólica e a solar.

Segundo o Financial Times, as indústrias russas cortaram as emissões em 38% desde o colapso da União Soviética, no início dos anos 90.

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