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Paralisação de refinaria derrubou indústria de SP em agosto, diz IBGE

A queda de 0,9% no Estado foi puxada pelo setor de derivados de petróleo e biocombustíveis

Refinaria de Paulínia: incêndio prejudicou a produção de combustíveis (Paulo Whitaker/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de outubro de 2018 às 13h51.

Rio - A produção do maior parque industrial do País, São Paulo, foi prejudicada na passagem de julho para agosto pela interrupção da produção na Refinaria de Paulínia (Replan), atingida por um incêndio.

A queda de 0,9% no estado foi puxada pelo setor de derivados de petróleo e biocombustíveis, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Regional, divulgados nesta terça-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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"São Paulo foi a maior influência negativa sobre o total nacional", afirmou Bernardo Almeida, analista da Coordenação de Indústria do IBGE.

A indústria paulista já vinha de recuo em julho, quando caiu 1,2% em relação a junho. Com a queda de agosto, a produção passou a operar 18,5% abaixo do pico alcançado em março de 2011.

"O patamar de produção está mais próximo do ponto mais baixo do que do ponto mais alto", disse Almeida.

A indústria local está 13,2% acima do ponto mais baixo de produção, atingido em julho de 2003.

São Paulo tem uma participação de 34% na indústria nacional. Em agosto ante julho, houve mais estados com crescimento, mas as regiões que registraram perdas foram as mais influentes, apontou o IBGE.

Na média global, a indústria encolheu 0,3% em agosto ante julho, o segundo recuo consecutivo. Segundo Almeida, o efeito da greve de caminhoneiros sobre a indústria já passou, a produção já compensou a perda, mas a paralisação afetou as expectativas.

"A falta de expectativas positivas desacelera a indústria e faz as tomadas de decisões serem mais cautelosas sobre o ritmo de produção. Nesse momento de cenário de incertezas é que a produção está sendo cautelosa, a tomada de decisões está sendo cautelosa", resumiu Almeida.

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