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Para Dilma, G20 foi sucesso relativo

Segundo a presidente, a reunião está longe de conseguir resolver os problemas do mundo

"Dilma determinou que inclusão digital é 'top' na agenda de governo", comentou o ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa (Roberto Stuckert Filho/PR)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2011 às 21h11.

São Paulo - A presidente Dilma Rousseff acredita que a reunião de cúpula do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), encerrada nesta sexta-feira em Cannes, na França, foi um "sucesso relativo", devido à falta de detalhamento sobre como a Europa será ajudada a resolver seus problemas fiscais. "Não é sucesso absoluto, mas é relativo porque os países da zona do euro deram um passo à frente sobre a forma de enfrentar a crise", disse Dilma, durante entrevista à imprensa, em Cannes. "Não acredito que uma reunião resolva os problemas do mundo."

Ela deixou claro que as dificuldades da Europa dominaram não só o encontro de cúpula como as reuniões bilaterais ocorridas paralelamente. Conforme a presidente, todas as lideranças estavam preocupadas sobre os desdobramentos dos problemas no bloco. "Os europeus precisavam de mais tempo para concretizar suas próprias medidas", disse. Para a presidente, entretanto, "houve avanços" na cúpula do G20 e o grupo mantém seu papel no enfrentamento de crises.

Sobre FMI - Dilma defendeu que qualquer ajuda financeira à zona do euro seja feita por meio do Fundo Monetária Internacional, e acrescentou que o Brasil se dispôs no encontro do G20 a participar da capitalização do Fundo. "Eu não tenho a menor intenção de fazer nenhuma contribuição direta para o Fundo de Estabilização Europeu", disse a presidente durante entrevista coletiva, após reunião do G20 em Cannes. "O Brasil tem um mecanismo, que é o mecanismo que rege as relações internacionais, via Fundo Monetário."


Dilma disse ainda que os países que compõem os Brics - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - concordaram durante a cúpula do G20 que uma eventual ajuda à zona do euro, que enfrenta uma aguda crise de dívida, deve ser feita por meio do FMI.

A presidente voltou a defender uma reforma na governança do organismo multilateral de crédito que, na avaliação dela, deve refletir a mudança de correlação de forças no cenário global. Na entrevista, argumentou que uma ampliação do FMI contribuirá também para a redução do risco sistêmico na economia global.

Na avaliação de Dilma, os países da zona do euro "deram um passo à frente" no enfrentamento da atual crise econômica e o encontro também resultou em um consenso "entre muitos países do G20" de que a retomada da estabilidade econômica passa pela recuperação do crescimento da economia.

Dilma também disse que o Brasil se coloca favoravelmente à criação de uma taxa financeira global, proposta defendida já há algum tempo por algumas lideranças europeias, como França e Alemanha. "Nós não somos contra se todos os países adotarem uma taxa", disse a presidente. "Se houver uma taxa financeira global, o Brasil adota também. Nós não somos contra."

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São Paulo - A presidente Dilma Rousseff acredita que a reunião de cúpula do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), encerrada nesta sexta-feira em Cannes, na França, foi um "sucesso relativo", devido à falta de detalhamento sobre como a Europa será ajudada a resolver seus problemas fiscais. "Não é sucesso absoluto, mas é relativo porque os países da zona do euro deram um passo à frente sobre a forma de enfrentar a crise", disse Dilma, durante entrevista à imprensa, em Cannes. "Não acredito que uma reunião resolva os problemas do mundo."

Ela deixou claro que as dificuldades da Europa dominaram não só o encontro de cúpula como as reuniões bilaterais ocorridas paralelamente. Conforme a presidente, todas as lideranças estavam preocupadas sobre os desdobramentos dos problemas no bloco. "Os europeus precisavam de mais tempo para concretizar suas próprias medidas", disse. Para a presidente, entretanto, "houve avanços" na cúpula do G20 e o grupo mantém seu papel no enfrentamento de crises.

Sobre FMI - Dilma defendeu que qualquer ajuda financeira à zona do euro seja feita por meio do Fundo Monetária Internacional, e acrescentou que o Brasil se dispôs no encontro do G20 a participar da capitalização do Fundo. "Eu não tenho a menor intenção de fazer nenhuma contribuição direta para o Fundo de Estabilização Europeu", disse a presidente durante entrevista coletiva, após reunião do G20 em Cannes. "O Brasil tem um mecanismo, que é o mecanismo que rege as relações internacionais, via Fundo Monetário."


Dilma disse ainda que os países que compõem os Brics - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - concordaram durante a cúpula do G20 que uma eventual ajuda à zona do euro, que enfrenta uma aguda crise de dívida, deve ser feita por meio do FMI.

A presidente voltou a defender uma reforma na governança do organismo multilateral de crédito que, na avaliação dela, deve refletir a mudança de correlação de forças no cenário global. Na entrevista, argumentou que uma ampliação do FMI contribuirá também para a redução do risco sistêmico na economia global.

Na avaliação de Dilma, os países da zona do euro "deram um passo à frente" no enfrentamento da atual crise econômica e o encontro também resultou em um consenso "entre muitos países do G20" de que a retomada da estabilidade econômica passa pela recuperação do crescimento da economia.

Dilma também disse que o Brasil se coloca favoravelmente à criação de uma taxa financeira global, proposta defendida já há algum tempo por algumas lideranças europeias, como França e Alemanha. "Nós não somos contra se todos os países adotarem uma taxa", disse a presidente. "Se houver uma taxa financeira global, o Brasil adota também. Nós não somos contra."

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