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Para BC, alta dos juros não vai controlar inflação

Projeções de inflação divulgadas nesta sexta-feira pelo BC consideram que a política fiscal se manterá neutra nos próximos dois anos

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo: "quanto mais a política monetária for apoiada pela área fiscal, melhor para a inflação" (Marcello Casal Jr/ABr)
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Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2013 às 08h10.

Brasília - Nem mesmo o Banco Central espera um reforço maior da política fiscal para combater a inflação em 2014 e em 2015 - primeiro ano do próximo governo. Mesmo com as promessa do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de aumentar o superávit primário das contas públicas, projeções de inflação divulgadas nesta sexta-feira pelo BC consideram que a política fiscal se manterá neutra nos próximos dois anos. Ou seja, não vai atrapalhar nem ajudar o controle da alta de preços.

No cenário traçado pelo BC, o indicador fiscal utilizado nas projeções de inflação tende a manter estabilidade no período, com variação de um ano para outro de "magnitude desprezível". Apesar do cenário mais cauteloso do BC, o diretor de Política Econômica, Carlos Hamilton, deu um recado indireto do Comitê de Política Monetária (Copom) aos gestores da política fiscal: "Quanto mais a política monetária for apoiada pela área fiscal, melhor para a inflação". O Ministério da Fazenda é responsável pela área fiscal.

Hamilton não quis apontar o tamanho do superávit primário desejado pelo BC para enfrentar a inflação, que permanece em patamares elevados e distante do centro da meta de 4,5%. "Superávit ideal não existe. Por isso, não posso me referir a ele", afirmou. Visto pelo mercado como termômetro da seriedade do governo em relação às suas obrigações, o superávit primário representa a economia anual feita para pagamento do serviço da dívida pública.

Mas o BC deu pistas do superávit mínimo necessário para não piorar o quadro fiscal. O relatório de inflação divulgou projeções que mostram que o ministro Mantega terá de elevar o superávit em 2014 para 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB), se quiser manter estável a trajetória da relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB - principal indicador da saúde das contas públicas.

O porcentual é o mesmo que o ministro Mantega anunciou em agosto ao enviar ao Congresso Nacional a proposta de lei orçamentária do ano que vem. Mas a meta de superávit a ser perseguida em 2014 pelo governo só será conhecida no início do ano.

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Brasília - Nem mesmo o Banco Central espera um reforço maior da política fiscal para combater a inflação em 2014 e em 2015 - primeiro ano do próximo governo. Mesmo com as promessa do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de aumentar o superávit primário das contas públicas, projeções de inflação divulgadas nesta sexta-feira pelo BC consideram que a política fiscal se manterá neutra nos próximos dois anos. Ou seja, não vai atrapalhar nem ajudar o controle da alta de preços.

No cenário traçado pelo BC, o indicador fiscal utilizado nas projeções de inflação tende a manter estabilidade no período, com variação de um ano para outro de "magnitude desprezível". Apesar do cenário mais cauteloso do BC, o diretor de Política Econômica, Carlos Hamilton, deu um recado indireto do Comitê de Política Monetária (Copom) aos gestores da política fiscal: "Quanto mais a política monetária for apoiada pela área fiscal, melhor para a inflação". O Ministério da Fazenda é responsável pela área fiscal.

Hamilton não quis apontar o tamanho do superávit primário desejado pelo BC para enfrentar a inflação, que permanece em patamares elevados e distante do centro da meta de 4,5%. "Superávit ideal não existe. Por isso, não posso me referir a ele", afirmou. Visto pelo mercado como termômetro da seriedade do governo em relação às suas obrigações, o superávit primário representa a economia anual feita para pagamento do serviço da dívida pública.

Mas o BC deu pistas do superávit mínimo necessário para não piorar o quadro fiscal. O relatório de inflação divulgou projeções que mostram que o ministro Mantega terá de elevar o superávit em 2014 para 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB), se quiser manter estável a trajetória da relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB - principal indicador da saúde das contas públicas.

O porcentual é o mesmo que o ministro Mantega anunciou em agosto ao enviar ao Congresso Nacional a proposta de lei orçamentária do ano que vem. Mas a meta de superávit a ser perseguida em 2014 pelo governo só será conhecida no início do ano.

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