Para Azêvedo, OMC não faz boas negociações há anos
Primeiro brasileiro eleito diretor-geral da OMC, o embaixador Roberto Carvalho de Azevêdo condenou hoje (23) a paralisia das negociações multilaterais
Da Redação
Publicado em 23 de maio de 2013 às 12h35.
Brasília – Primeiro brasileiro eleito diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) , o embaixador Roberto Carvalho de Azevêdo, de 55 anos, condenou hoje (23) a paralisia das negociações multilaterais, lembrando que há uma “escassez” de tempo em busca da retomada dessas negociações. Ele destacou que há 20 anos não há negociações bem-sucedidas na âmbito da OMC que, em sua opinião, deixou de evoluir e acompanhar as mudanças na realidade mundial.
Azevêdo reiterou que se não houver empenho para fortalecer as negociações multilaterais, a tendência é que sejam firmados acordos fora do órgão. “Eu assumo a organização importante, no momento crítico, o sistema totalmente paralisado, as negociações estão emperradas, mais ou menos há 20 anos. Até hoje nenhuma negociação foi totalmente bem-sucedida. Não há tempo mais para ficar nessa paralisia”, ressaltou o embaixador, que participa de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado.
Azevêdo defendeu empenho para romper com a tendência que ocorre há duas décadas. “É importante quebrar isso. É importante trazer o sistema para a realidade de hoje. Uma realidade [que, comparada a duas décadas,] evoluiu. O mundo mudou e a organização não se atualizou. A preocupação é que as negociações migrem para fora”, disse.
O embaixador destacou que o aumento de negociações fora da OMC não deve ser visto apenas pelo aspecto negativo. “Não acho que essas iniciativas bilaterais sejam ruins. Elas testam as regras. Mas se o sistema continuar paralisado, haverá uma desconexão muito grande entre as regras e as normas”, acrescentou.
Azevêdo alertou, no entanto, que essas negociações bilaterais podem gerar dificuldades na busca por acordos multilaterais, pois provocam desvantagens aos países cujas economias são menores . “Isso vai dificultar as negociações internacionais, exatamente no caso dos países que têm economias menores, que raramente estão no centro dessas negociações”, destacou.
O embaixador brasileiro assume o cargo de diretor-geral da OMC em 1º de setembro, em substituição ao francês Pascal Lamy. O mandato é de quatro anos, com direito à reeleição.
Brasília – Primeiro brasileiro eleito diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) , o embaixador Roberto Carvalho de Azevêdo, de 55 anos, condenou hoje (23) a paralisia das negociações multilaterais, lembrando que há uma “escassez” de tempo em busca da retomada dessas negociações. Ele destacou que há 20 anos não há negociações bem-sucedidas na âmbito da OMC que, em sua opinião, deixou de evoluir e acompanhar as mudanças na realidade mundial.
Azevêdo reiterou que se não houver empenho para fortalecer as negociações multilaterais, a tendência é que sejam firmados acordos fora do órgão. “Eu assumo a organização importante, no momento crítico, o sistema totalmente paralisado, as negociações estão emperradas, mais ou menos há 20 anos. Até hoje nenhuma negociação foi totalmente bem-sucedida. Não há tempo mais para ficar nessa paralisia”, ressaltou o embaixador, que participa de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado.
Azevêdo defendeu empenho para romper com a tendência que ocorre há duas décadas. “É importante quebrar isso. É importante trazer o sistema para a realidade de hoje. Uma realidade [que, comparada a duas décadas,] evoluiu. O mundo mudou e a organização não se atualizou. A preocupação é que as negociações migrem para fora”, disse.
O embaixador destacou que o aumento de negociações fora da OMC não deve ser visto apenas pelo aspecto negativo. “Não acho que essas iniciativas bilaterais sejam ruins. Elas testam as regras. Mas se o sistema continuar paralisado, haverá uma desconexão muito grande entre as regras e as normas”, acrescentou.
Azevêdo alertou, no entanto, que essas negociações bilaterais podem gerar dificuldades na busca por acordos multilaterais, pois provocam desvantagens aos países cujas economias são menores . “Isso vai dificultar as negociações internacionais, exatamente no caso dos países que têm economias menores, que raramente estão no centro dessas negociações”, destacou.
O embaixador brasileiro assume o cargo de diretor-geral da OMC em 1º de setembro, em substituição ao francês Pascal Lamy. O mandato é de quatro anos, com direito à reeleição.