Para analistas, Selic alta deve esfriar atividade
Atual ciclo de alta da taxa básica de juros deverá ser um dos responsáveis pelo provável esfriamento da atividade econômica em 2014
Da Redação
Publicado em 2 de março de 2014 às 10h20.
Brasília - O atual ciclo de alta da taxa básica de juros , iniciado em abril do ano passado, será um dos responsáveis pelo provável esfriamento da atividade econômica em 2014 na comparação com 2013, segundo analistas. Os efeitos defasados do aumento de 3,5 pontos porcentuais que levaram a Selic do piso histórico de 7,25% ao ano para 10,75% ao ano devem contribuir para uma desaceleração gradual do consumo nos próximos meses. Isso, no entanto, não deve reduzir tão fortemente a inflação, como aposta o governo.
O próprio Banco Central reconhece que o menor ritmo de expansão do crédito no ano passado é influência do aumento do juro, que encareceu as operações com recursos livres. Para este ano, a estimativa da autoridade monetária é de um incremento ainda menor no crédito - crescimento nominal em torno de 13%, ante 14,6% em 2013.
A consultoria Tendências calcula uma desaceleração ainda maior para o crédito neste ano - de 12,3%. Segundo a economista Mariana Oliveira, o crescimento real do crédito em 2014 deverá ser de 5,9%, redução significativa em relação aos 8,2% apurados no ano passado.
O diretor de Pesquisas para a América Latina da Nomura Securities em Nova York, Tony Volpon, acredita que o BC deve encerrar o ciclo de alta da taxa básica de juros com o aumento de 0,25 ponto porcentual decidido na semana passada, justamente para não correr o risco de ser carimbado como um dos culpados por um crescimento baixo da economia neste ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Brasília - O atual ciclo de alta da taxa básica de juros , iniciado em abril do ano passado, será um dos responsáveis pelo provável esfriamento da atividade econômica em 2014 na comparação com 2013, segundo analistas. Os efeitos defasados do aumento de 3,5 pontos porcentuais que levaram a Selic do piso histórico de 7,25% ao ano para 10,75% ao ano devem contribuir para uma desaceleração gradual do consumo nos próximos meses. Isso, no entanto, não deve reduzir tão fortemente a inflação, como aposta o governo.
O próprio Banco Central reconhece que o menor ritmo de expansão do crédito no ano passado é influência do aumento do juro, que encareceu as operações com recursos livres. Para este ano, a estimativa da autoridade monetária é de um incremento ainda menor no crédito - crescimento nominal em torno de 13%, ante 14,6% em 2013.
A consultoria Tendências calcula uma desaceleração ainda maior para o crédito neste ano - de 12,3%. Segundo a economista Mariana Oliveira, o crescimento real do crédito em 2014 deverá ser de 5,9%, redução significativa em relação aos 8,2% apurados no ano passado.
O diretor de Pesquisas para a América Latina da Nomura Securities em Nova York, Tony Volpon, acredita que o BC deve encerrar o ciclo de alta da taxa básica de juros com o aumento de 0,25 ponto porcentual decidido na semana passada, justamente para não correr o risco de ser carimbado como um dos culpados por um crescimento baixo da economia neste ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.