Os países mais otimistas com a economia em 2011
Pesquisa da consultoria Grant Thornton mostra que o Brasil é o quinto mais otimista entre 39 países; veja ranking
Da Redação
Publicado em 23 de agosto de 2012 às 20h27.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h36.
São Paulo - Uma pesquisa feita pela consultoria Grant Thornton mostra que os empresários brasileiros ainda estão no clima do vigoroso crescimento econômico do país nos últimos anos. O estudo mostra que 79% dos entrevistados no Brasil apostam no desempenho da economia e em seus efeitos no ambiente de negócios em 2011. Isto faz do país o quinto mais otimista dentre os 39 analisados. De modo geral, empresários da indústria e do setor de serviços no Brasil acreditam que neste ano o cenário econômico permitirá mais investimentos em máquinas, novas fábricas e pesquisa e desenvolvimento de produtos e tecnologias. Além disso, sua percepção é a de que problemas como a inflação e a valorização excessiva do real, que poderia afetar as exportações, serão administrados com eficiência pela equipe econômica do governo. Além de apontar o Brasil na quinta posição, o estudo confirma a inversão de papéis na economia mundial, um dos efeitos colaterais da crise de 2008. No topo do ranking do otimismo estão Chile, Índia e Filipinas, nesta ordem. Entre os cinco primeiros, apenas a Suíça representando países desenvolvidos. Em países como Estados Unidos, Itália, França e Espanha, a dose de empolgação é bem menor. A percepção dos empresários diante de problemas como gastos públicos excessivos, índices de desemprego elevados e governos em descrédito, fez com que estes países ficassem entre os últimos colocados no ranking. Confira nas fotos ao lado os resultados da pesquisa.
São Paulo - Segundo o presidente da Grant Thornton no Brasil, Jobelino Locateli, o que faz o Chile encabeçar a lista dos países mais otimistas para 2011 é o fato de ter "o melhor presidente da América Latina". No país, 95% do empresariado está otimista com a situação econômica no novo ano, enquanto a média global é 23%. "O fator positivo de se ter um presidente como Sebastian Piñera é o de que ele é um empresário, um homem de sucesso. Suas ações estão sempre voltadas para o desenvolvimento do ambiente econômico para os negócios no país", afirma Locateli. De acordo com o estudo, 65% dos chilenos confiam em um bom ano para o mercado de trabalho, e 66% acreditam que 2011 será um ano de lucros maiores do que 2010. Na foto, Piñera cumprimenta o primeiro ministro japonês Naoto Kan
São Paulo - Boa parte do otimismo dos indianos tem como base a perspectiva de crescimento econômico que só um mercado interno com 1,1 bilhão de consumidores pode proporcionar. O país ocupa a segunda posição no ranking da Grant Thornton, com 93% dos entrevistados otimistas para 2011. "O país tem uma forte demanda interna. Além disso, a pirâmide etária está mudando, e a população de jovens e adultos é cada vez maior. Isto significa um aumento muito importante no consumo, assim como acontece na China", diz Locateli. Ainda segundo o estudo, 85% dos empresários do país acreditam que terão mais lucro em 2011. Além disso, 77% esperam um ano melhor no mercado de trabalho.
'São Paulo - Em terceiro lugar no ranking dos países mais otimistas para 2011 aparecem as ilhas Filipinas. Segundo o estudo, 87% dos entrevistados esperam continuidade na melhora do cenário econômico neste ano. Locateli, presidente da Grant Thornton no Brasil, afirma que os executivos das Filipinas elevaram suas previsões do volume de venda das empresas e da margem de lucro. A expectativa também é boa com relação à reposição de máquinas e equipamentos da produção industrial. "Estes foram os fatores preponderantes. Além disso, a posição estratégica que as Filipinas ocupam garante boas perspectivas de negócios com parceiros comerciais importantes como a Índia e a China.
São Paulo - A Suíça é o único país desenvolvido entre os cinco primeiros no ranking da Grant Thornton, aparecendo como o terceiro mais otimista com o cenário econômico em 2011. A pesquisa mostra que 85% dos entrevistados acreditam em um ano melhor que o passado. As melhores perspectivas são de investimentos em equipamentos. Quase 50% dos executivos tem em vista mais gastos para aumentar a produção, na comparação com o ano anterior. Vale destacar que outros países europeus como Itália, França e Espanha estão abaixo da 30ª posição no ranking, num reflexo do momento crítico que suas economias atravessam.
São Paulo - Os empresários brasileiros também estão otimistas para 2011. Segundo a pesquisa, 79% dos entrevistados acreditam que 2011 será ainda melhor quanto ao cenário econômico. E de acordo com Locateli, presidente da Grant Thornton no Brasil, as ameaças de inflação e de uma maior valorização do real, que poderia prejudicar as exportações não vão abalar esta confiança. "O Governo está na direção certa, interferindo o mínimo possível na taxa cambial. Estamos com uma situação de grandes volumes de exportação, porque o mercado lá fora expandiu muito. Temos hoje uma China compradora, substituindo os Estados Unidos, que já não importam com a mesma intensidade. Além disso, o ganho de escala na produção para exportar contribui para que a moeda não precise se desvalorizar tanto", afirma. Quanto à inflação, Lcateli diz que o Banco Central está bem atuante, pleiteando uma meta menor de inflação do que a discutida no ano passado. "Hoje, inflação e cambio são muito mais fáceis de controlar do que nos anos 80 e 90.", diz o executivo, ao explicar as razões do otimismo brasileiro.
São Paulo - Mesmo depois de um período difícil, em 2009 e 2010, 78% dos empresários dos Emirados Árabes Unidos estão otimistas quanto ao crescimento da economia em 2011. No ranking da Grant Thornton, os Emirados aparecem como os sextos mais otimistas, de um total de 39 países. Em 2009, o consórcio estatal Dubai World revelou uma dívida de quase 25 bilhões de dólares, com diversas empresas e bancos, e pediu moratória. A notícia abalou não apenas a economia local, mas outros mercados na Europa e até nos EUA. Nos Emirados, a notícia impactou o mercado de trabalho e a saúde financeira de muitas companhias. Para este ano, segundo o estudo, a expectativa dos empresários da região é de melhora nos indicadores. Do total de entrevistados, 53% acreditam que o nível de emprego vai aumentar. Além disso, 55% dos empresários confiam no aumento do lucro das companhias em comparação com 2010.
São Paulo - Na sétima posição do ranking elaborado pela consultoria Grant Thornton está a Suécia. Junto com Suíça e Alemanha, o país faz parte da minoria de economias desenvolvidas entre as 10 mais otimistas para 2011, com 76% dos entrevistados esperando um avanço na situação econômica, em comparação com o ano anterior. A Suécia ainda se recupera dos efeitos da crise, que abalaram a economia do país particularmente em 2009. Naquele ano, o Produto Interno Bruto (PIB) sueco encolheu 4,9%, a maior queda desde a Segunda Guerra Mundial. Para 2011, 67% dos empresários esperam maiores lucros do que no ano anterior. Além disso, 47% dos entrevistados acreditam que haverá mais oportunidades no mercado de trabalho. Na foto, o rei Carl Gustav, da Suécia.
São Paulo - A economia líder da União Europeia não está entre as mais otimistas do mundo, mas figura na oitava posição do ranking elaborado pela Grant Thornton. O estudo mostra que 75% dos entrevistados esperam melhoras no cenário econômico em 2011, com impactos no ambiente de negócios. De acordo com a pesquisa, 54% dos empresários acreditam que os lucros das companhias serão maiores este ano. Além disso, 41% destacam as expectativas com relação às exportações. Por outro lado, o otimismo no que diz respeito ao mercado de trabalho está abaixo da média mundial. Apenas 24% dos entrevistados acreditam que haverá aumento das vagas de emprego, enquanto a média geral é 29%.
São Paulo - Na nona posição do ranking está a Geórgia, pequeno país entre a Europa e a Ásia. O estudo da Grant Thornton mostra que 72% dos entrevistados esperam melhoras na economia em 2011. O destaque, segundo a pesquisa, é o otimismo com relação aos lucros. Do total de entrevistados, 61% acreditam que as empresas terão melhor desempenho neste ano. Além disso, 47% dos entrevistados estão otimistas com o mercado de trabalho.
São Paulo - A Argentina fecha a lista dos dez países mais otimistas para 2011, segundo estudo da consultoria internacional Grant Thornton. De acordo com a pesquisa, 70% dos entrevistados espera um melhor cenário econômico neste ano. O destaque no país é o otimismo relacionado aos reajustes de preços. Em 2011, 79% dos empresários acredita que os reajustes serão benéficos aos seus negócios. Além disso, 46% dos entrevistados têm perspectivas de melhora no mercado de trabalho.