Os ganhadores do Nobel de Economia neste século
Os americanos Thomas Sargent e Christopher Sims foram laureados com o prêmio em 2011
Da Redação
Publicado em 23 de agosto de 2012 às 20h20.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h30.
São Paulo* - Os americanos Thomas Sargent e Christopher Sims ganharam o Nobel de Economia de 2011 "por suas pesquisas empíricas sobre causas e efeitos na macroeconomia", segundo a Real Academia de Ciências da Suécia. O comitê disse que os vencedores desenvolveram métodos para responder a questões como de que maneira o crescimento econômico e a inflação são afetados pelo aumento temporário na taxa de juros ou por um corte nessa taxa. As pesquisas foram feitasde forma independente nos anos 1970 e 1980. Thomas Sargent é professor da Universidade de Nova York e Christopher Sims, na Universidade de Princeton. A entrega do prêmio será na Noruega, no dia 10 de dezembro, aniversário da morte de Alfred Nobel. O vencedor ganha 10 milhões de coroas suecas - o equivalente a 3 milhões de reais. Veja nas fotos a seguir quais foram os ganhadores do Nobel de Economia neste século. * Com reportagem de Eduardo Tavares
São Paulo–Os americanos Peter Diamond e Dale Mortensen e o britânico-cipriota Christopher Pissarides foram os vencedores do prêmio Nobel de Economia de 2010. Os três desenvolveram um método de análise dos mercados, com foco no mercado de trabalho. Em comunicado, a Real Academia de Ciências da Suécia explicou a escolha dos laureados. "Por que há tantas pessoas sem trabalho se no mesmo momento há numerosas ofertas de emprego? Como a política econômica influencia o desemprego? Os premiados deste ano desenvolveram uma teoria que pode ser utilizada para responder estas questões." O trabalho do trio pode ser aplicado a outras áreas, como o setor de habitação e a economia pública. Peter Diamond, 70 anos, é professor de economia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Dale Mortensen, 71, ocupa a cadeira de economia da Universidade Northwestern, no estado de Illinois. Christopher Pissarides, 62, leciona economia na Escola de Economia de Londres (LSE).
São Paulo - O ano de 2009 marcou a história do Prêmio Nobel de Economia. Pela primeira vez uma mulher foi agraciada com a honraria. A cientista política americana Elinor Ostrom, de 77 anos, dividiu o prêmio seu compatriota, o economista Oliver Eaton, de 78 anos. Ambos foram premiados pela análise da governança econômica, especialmente dos bens comuns. Eles contribuíram com uma teoria que explica a razão de certas transações econômicas ocorrerem dentro das empresas e outras semelhantes serem realizadas entre empresas, ou seja, no mercado. Seus postulados informam sobre como lidar com uma das escolhas mais básicas da organização humana: quando o poder de decisão deve ser controlado dentro de uma organização, e quando as decisões devem ser deixadas para o mercado.
São Paulo - O ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 2008 foi chamado pela revista britânica The Economist de "o mais celebrado economista desta geração". O jornal The Asia Times se referiu a ele como "o Mick Jagger da economia". Este é Paul Krugman, um dos economistas mais badalados do momento. Ele recebeu a mais importante premiação da economia "por sua análise dos padrões de comércio e localização das atividades econômicas". Segundo a Real Academia de Ciências da Suécia, Krugman "integrou campos de pesquisa anteriormente díspares e possibilitou o surgimento de uma nova geografia econômica internacional. À época do prêmio, Krugman dividia seu tempo entre três atividades principais: professor na Universidade de Princeton, nos EUA, e na London School of Economics, e colunista do jornal norte-americano The New York Times. Krugman é autor ou editor de 20 livros e mais de 200 artigos acadêmicos, a maioria deles sobre comércio internacional e finanças. Prestou serviços como consultor ao Federal Reserve, o Banco Central dos EUA.
São Paulo - Um trio de economistas americanos dividiu o Prêmio Nobel de 2007. Leonid Hurwicz, Eric Maskin e Roger Myerson foram escolhidos pela Academia Real de Ciências da Suécia por terem lançado as bases da teoria do desenho dos mecanismos nos mercados. As contribuições do trio permitem aos economistas distinguir situações em que os mercados operam bem daquelas em que não operam. O pioneiro no campo do desenho de mecanismos de mercados foi Leonid Hurwicz. Nascido em 1917 em Moscou, mudou-se para os Estados Unidos na década de 1940. Foi professor de Economia na Universidade de Minnesota. Morreu em 2008. Eric Maskin nasceu em 1950 em Nova York e se formou em Matemática em 1976 pela Universidade de Harvard. Lecionou e coordenou pesquisas em Cambridge e mantém vínculo com o Instituto de Estudos Avançados na Universidade de Princeton. Roger Myerson nasceu em 1951, em Boston. Formou-se em Matemática em Harvard, trabalhou em Cambridge e, desde 2007, é professor na Universidade de Chicago.
São Paulo - Em 2006, o Prêmio Nobel de Economia foi concedido ao americano Edmund Phelps. Segundo a Real Academia de Ciências da Suécia, Phelps foi premiado por um trabalho que ajuda a compreender a relação entre os efeitos de curto prazo e os de longo prazo da política econômica. De acordo com o comunicado da academia, nos anos 1950 e 1960, ganhou força uma teoria de "troca" que relacionava a inflação e os níveis de emprego. Segundo esta teoria, aprofundada pelo economista americano, quanto mais alta a taxa de desemprego, menor a inflação, e vice-versa. Phelps fez uma análise mais fundamental desta relação, levando em conta a determinação de salários e preços e os problemas de informação (ou falta dela) na economia. Edmund Phelps nasceu em 1933 em Evanston, no Estado de Illinois. Obteve seu PhD em economia em 1959 na Universidade Yale. No ano em que recebeu o prêmio, ocupava a cadeira de economia política na Universidade Columbia, em Nova York.
São Paulo - O americano Thomas Schelling e o israelense Robert Aumann foram os ganhadores do Prêmio Nobel de Economia em 2005. Os dois são especialistas na chamada teoria dos jogos. O tema já havia sido objeto de pesquisas de outro célebre economista, o americano John Nash, ganhador do Nobel em 1994. Schelling, de 89 anos, é professor emérito de economia política da Universidade de Harvard e, à época do prêmio, também lecionava na Universidade de Maryland. Seu trabalho envolvia o uso da teoria dos jogos para explicar tomadas de decisões em conflitos internacionais, como no caso de uma guerra nuclear. Robert Aumann, de 80 anos, nasceu na Alemanha, e se mudou para os Estados Unidos em 1938. Cidadão israelense e americano, Aumann lecionava na Universidade Hebraica de Jerusalém à época do prêmio, e desenvolveu trabalhos na área de negociação, cooperação e resolução de conflitos.
São Paulo - Em 2004, o prêmio Nobel de Economia foi concedido ao norueguês Finn Kydland e ao americano Edward Prescott, por seu trabalho de pesquisa relacionando as forças existentes por trás dos ciclos de negócios e as políticas econômicas. Os laureados mostraram "que as políticas econômicas são muitas vezes prejudicadas por problemas de inconsistência temporal. Demonstraram que a sociedade pode ganhar com comprometimento prioritário com a política econômica. Finalmente, introduziram novas idéias sobre o projeto de política econômica e as forças motrizes por trás dos ciclos econômicos", dizia o comunicado da Real Academia de Ciências da Suécia. Kydland, nascido em 1943 em Gjesdal, na Noruega, lecionava na Universidade Carnegie Mellon, em Pittsburg, nos EUA à época do prêmio. Prescott nasceu em 1940, em Glens Falls, Nova York. Em 2004 era professor da Universidade Estadual do Arizona, e era conselheiro da sede regional do Banco Central norte-americano (o Fed) em Minneapolis.
São Paulo - Os vencedores do prêmio Nobel de Economia em 2003 foram o americano Robert Engle e o britânico Clive Granger. Ambos foram laureados pela contribuição de suas pesquisas no desenvolvimento de métodos de análise de séries temporais econômicas.
Segundo a Real Academia de Ciências da Suécia, ambos trabalharam para desenvolver métodos de estudo das propriedades de volatilidade de séries temporais na economia, aplicado aos mercados financeiros. "Seu método poderá, em particular, esclarecer a evolução do mercado em períodos quando há turbulências, com grandes flutuações, seguidos por fases mais calmas, com flutuações modestas", dizia o texto.
À época do prêmio, Engle, nascido em 1942, atuava como professor na Universidade de Nova York. Já Granger, que nasceu em 1934, ocupava a cadeira de ciências econômicas na Universidade da Califórnia.
Segundo a Real Academia de Ciências da Suécia, ambos trabalharam para desenvolver métodos de estudo das propriedades de volatilidade de séries temporais na economia, aplicado aos mercados financeiros. "Seu método poderá, em particular, esclarecer a evolução do mercado em períodos quando há turbulências, com grandes flutuações, seguidos por fases mais calmas, com flutuações modestas", dizia o texto.
À época do prêmio, Engle, nascido em 1942, atuava como professor na Universidade de Nova York. Já Granger, que nasceu em 1934, ocupava a cadeira de ciências econômicas na Universidade da Califórnia.
São Paulo - Em 2002, os vencedores do prêmio Nobel de Economia foram o israelense Daniel Kahneman e o americano Vernon Smith. Segundo o comitê, Kahneman foi premiado "por incorporar inovações de pesquisas na área da psicologia à ciência econômica, principalmente quanto ao juízo humano e às tomadas de decisões num ambiente de incertezas". Smith foi laureado "por ter estabelecido experiências laboratoriais como ferramentas em análises econômicas empíricas, especialmente no estudo dos mecanimos alternativos de mercado".
São Paulo - No ano de 2001, os ganhadores do prêmio Nobel de Economia foram os economistas americanos George Akerlof, Michael Spence e Joseph Stigliz. Segundo o comitê, os três foram premiados por sua análise do comportamento dos mercados com informações assimétricas.
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