Oposição faz apelo para adiamento de votação de PEC dos precatórios
Deputados da oposição fazem apelos para que a votação da PEC dos precatórios seja adiada para semana que vem
Estadão Conteúdo
Publicado em 21 de outubro de 2021 às 18h17.
Com um relatório finalizado às pressas pelo deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) e mudanças profundas, como a nova fórmula de correção do teto de gastos, deputados da oposição fazem apelos para que a votação da PEC dos precatórios seja adiada para semana que vem. "Não podemos fazer uma votação às cegas", disse a deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), que contou ter pedido ajuda de quatro assessores e, mesmo assim, não estava dando conta de compreender todas as alterações com a profundidade necessária. "Votar hoje é assinar um cheque em branco", comentou.
Para ela, é "impossível" tomar uma decisão agora sobre o que está acontecendo.
O deputado Professor Israel (PV-DF) fez um apelo para governistas que, segundo ele, antes propagavam a necessidade de prestar atenção nas reações do mercado financeiro. "Essa decisão que vamos tomar hoje terá impactos muito grandes e graves", alertou.
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O deputado Danilo Cabral (PSB-PE) também advertiu que as alterações são "de caráter importantíssimo, não subsidiárias".
O presidente da comissão, Diego Andrade (PSD-MG), disse que não era recomendado adiar a votação porque "o povo brasileiro aguarda uma resposta, pelo sim ou pelo não".
O relator da PEC, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), engrossou o coro sobre a necessidade de votar logo o texto. Segundo ele, o governo precisa de 45 dias para operacionalizar o pagamento dos benefícios ainda em dezembro - para o aumento não esbarrar nas proibições da lei eleitoral.
A oposição apresentou um requerimento para retirada de pauta, que foi rejeitado por margem pequena: 17 votos a 15. Agora, está em discussão um pedido para adiamento da discussão por cinco sessões.