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Oposição defende independência vigiada do Banco Central

Os assessores econômicos dos três candidatos de oposição à Presidência da República defenderam que o Banco Central deve ter autonomia de atuação, porém de acordo com regras definidas pelo executivo federal. Mauro Benevides Filho, assessor de Ciro Gomes, afirmou que uma das primeiras medidas do governo Ciro será introduzir a taxa de desemprego como variável […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h41.

Os assessores econômicos dos três candidatos de oposição à Presidência da República defenderam que o Banco Central deve ter autonomia de atuação, porém de acordo com regras definidas pelo executivo federal.

Mauro Benevides Filho, assessor de Ciro Gomes, afirmou que uma das primeiras medidas do governo Ciro será introduzir a taxa de desemprego como variável para condução da política monetária. O modelo de atuação do Banco Central seria reformulado nos dois primeiros anos do mandato - para que possa trabalhar com a nova variável de análise - e, a partir daí, o BC será totalmente independente.

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Para Anthony Garotinho, a independência do Banco Central fica no âmbito operacional e técnico. "Devemos tomar cuidado com a palavra independência, porque ela pode pressupor poder absoluto, e não é o caso", diz Tito Ryff. Segundo o assessor, as metas devem ser fixadas pelo governo e não pelo quadro do Banco Central.

Já o PT não tem uma definição sobre o assunto. Na opinião de Guido Mantega, assessor econômico de Lula, o Banco Central deve receber objetivos e metas do Conselho Monetário Nacional, porém deve ter autonomia para perseguir essas metas sem interferência política. "Se o Banco Central for mal-sucedido, o presidente ou o Senado devem ter autonomia para trocar o quadro de executivos", diz Mantega.

O petista lembra que existe um dispositvo constitucional que proíbe o governo executivo pare de pagar a dívida. "Só pode parar com a aprovação do Congresso", diz o assessor de Lula.

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