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Opep adverte contra o "uso político" do petróleo, durante visita ao Irã

Irã tem enfrentado dificuldades, diante da pressão com as sanções dos EUA, após americanos saírem do acordo multilateral sobre o programa nuclear

Petróleo: crise entre EUA e Irã preocupa a Opep (Dominique BERBAIN/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de maio de 2019 às 06h21.

Teerã - O secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo ( Opep ), Mohammed Barkindo advertiu contra o uso político dos mercados de petróleo, durante visita a Teerã nesta quinta-feira, no momento em que começa um aperto nas sanções dos Estados Unidos contra o Irã. Isenções que haviam sido dadas pelos americanos para a compra de petróleo iraniano venceram nesta madrugada de quinta-feira para oito países, inclusive para o principal cliente iraniano, a China.

Falando em conferência em Teerã, Barkindo afirmou que a Opep trabalha para "despolitizar o petróleo" e "isolar nossa organização contra a geopolítica", sem mencionar especificamente as sanções americanas. O Irã tem enfrentado dificuldades na economia, diante da pressão com as sanções dos EUA, após o presidente Donald Trump retirar seu país no ano passado do acordo multilateral sobre o programa nuclear iraniano, de 2015.

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As sanções exacerbam uma crise econômica em parte causada por problemas domésticos. Na noite da quarta-feira, rumores de um eventual aumento de 150% no preço da gasolina provocaram longas filas e congestionamentos perto de postos na capital.

Autoridades dos EUA e do Irã projetam que as exportações do país podem recuar a 400 mil barris por dia neste verão local. Antes da saída dos EUA do acordo nuclear, o Irã exportava 2,5 milhões de barris por dia.

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