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OCDE acredita que Espanha precisa de mais reformas

O principal problema continua sendo a enorme taxa de desemprego, que chegou no terceiro trimestre à marca histórica de 25%

Ángel Gurría (e) e Luis de Guindos concedem uma entrevista: a OCDE também anima a Espanha a facilitar o acesso dos jovens ao mercado de trabalho (©AFP / Pierre-Philippe Marcou)
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Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2012 às 16h40.

Madri - A Espanha deve continuar suas reformas para lutar contra a taxa de desemprego recorde, e as perspectivas de uma retomada de crescimento imediata de sua economia são escassas, assinala um relatório da OCDE, cujo secretário-geral pediu à Europa que apoie o país caso este solicite um resgate.

O secretário-geral do organismo econômico internacional, Ángel Gurría, elogiou o esforço realizado pelo país e pediu para que seus sócios europeus o apoiassem de maneira "inequívoca" caso seja solicitada "ajuda à União Europeia (UE)", durante uma coletiva de imprensa em Madri conjunta com o ministro de Economia espanhol, Luis de Guindos, para apresentar um relatório sobre a Espanha.

Para a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que apresentou este relatório a Madri no meio da tarde, o país, enfraquecido desde do estouro da bolha imobiliária em 2008, continuará em recessão em 2012, com recuo no PIB de 1,3%.

O principal problema continua sendo a enorme taxa de desemprego, que chegou no terceiro trimestre à marca histórica de 25%, com 25,02% da população ativa a procura de emprego (taxa que chega a mais de 52% entre os jovens de 16-24 anos).

"Novas reformas estruturais são necessárias para estimular o emprego, em particular para os jovens, e para melhorar a competitividade", estima a OCDE.


De acordo com a OCDE, o país continuará até 2013 a apresentar uma das taxas de desemprego mais elevadas do mundo industrializado, chegando a 26,9% em 2013.

Para o governo espanhol, a taxa de desemprego será de 24,6% no fim de 2012 e de 23,3% em 2013.

A OCDE qualifica como "progresso significativo" a reforma do mercado de trabalho adotada no começo do ano, que reduz consideravelmente as indenizações pós-licenciamento e instaura um novo contrato com duração indeterminada (CDI) com período de teste de um ano.

"Se a reforma não for eficaz, outras medidas poderão ser tomadas para diminuir a dualidade do mercado de trabalho (entre um CDI muito protetor de um lado e contratos precários do outro) em direção ao contrato único", recomendou a entidade.

A OCDE também anima a Espanha a facilitar o acesso dos jovens ao mercado de trabalho, a aprofundar nas reformas em matéria de educação, inovação e saúde, e a buscar mais competitividade, já que todas estas reformas estruturais permitirão estimular o crescimento, uma vez que se supere este período no qual está se fazendo o ajuste necessário, disse Gurría.

Em matéria de correção das finanças públicas, o secretário-geral da OCDE classificou de "exemplar" o esforço empreendido pelo governo conservador espanhol.

Com a finalidade de seguir na direção das reformas, a OCDE animou a Espanha a aplicar o tipo geral de IVA, recentemente elevado a 21%,no lugar de aplicar os tipos reduzidos desse imposto de 4% e 10%, além de sugerir uma alta dos impostos sobre combustíveis.

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Madri - A Espanha deve continuar suas reformas para lutar contra a taxa de desemprego recorde, e as perspectivas de uma retomada de crescimento imediata de sua economia são escassas, assinala um relatório da OCDE, cujo secretário-geral pediu à Europa que apoie o país caso este solicite um resgate.

O secretário-geral do organismo econômico internacional, Ángel Gurría, elogiou o esforço realizado pelo país e pediu para que seus sócios europeus o apoiassem de maneira "inequívoca" caso seja solicitada "ajuda à União Europeia (UE)", durante uma coletiva de imprensa em Madri conjunta com o ministro de Economia espanhol, Luis de Guindos, para apresentar um relatório sobre a Espanha.

Para a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que apresentou este relatório a Madri no meio da tarde, o país, enfraquecido desde do estouro da bolha imobiliária em 2008, continuará em recessão em 2012, com recuo no PIB de 1,3%.

O principal problema continua sendo a enorme taxa de desemprego, que chegou no terceiro trimestre à marca histórica de 25%, com 25,02% da população ativa a procura de emprego (taxa que chega a mais de 52% entre os jovens de 16-24 anos).

"Novas reformas estruturais são necessárias para estimular o emprego, em particular para os jovens, e para melhorar a competitividade", estima a OCDE.


De acordo com a OCDE, o país continuará até 2013 a apresentar uma das taxas de desemprego mais elevadas do mundo industrializado, chegando a 26,9% em 2013.

Para o governo espanhol, a taxa de desemprego será de 24,6% no fim de 2012 e de 23,3% em 2013.

A OCDE qualifica como "progresso significativo" a reforma do mercado de trabalho adotada no começo do ano, que reduz consideravelmente as indenizações pós-licenciamento e instaura um novo contrato com duração indeterminada (CDI) com período de teste de um ano.

"Se a reforma não for eficaz, outras medidas poderão ser tomadas para diminuir a dualidade do mercado de trabalho (entre um CDI muito protetor de um lado e contratos precários do outro) em direção ao contrato único", recomendou a entidade.

A OCDE também anima a Espanha a facilitar o acesso dos jovens ao mercado de trabalho, a aprofundar nas reformas em matéria de educação, inovação e saúde, e a buscar mais competitividade, já que todas estas reformas estruturais permitirão estimular o crescimento, uma vez que se supere este período no qual está se fazendo o ajuste necessário, disse Gurría.

Em matéria de correção das finanças públicas, o secretário-geral da OCDE classificou de "exemplar" o esforço empreendido pelo governo conservador espanhol.

Com a finalidade de seguir na direção das reformas, a OCDE animou a Espanha a aplicar o tipo geral de IVA, recentemente elevado a 21%,no lugar de aplicar os tipos reduzidos desse imposto de 4% e 10%, além de sugerir uma alta dos impostos sobre combustíveis.

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