Um guia simples da Selic para leigos
Tire suas dúvidas sobre a taxa que influenciará o rendimento da poupança a partir desta sexta-feira
Da Redação
Publicado em 4 de maio de 2012 às 09h42.
São Paulo – Com as mudanças nas regras de cálculo da rentabilidade da poupança anunciadas nesta quinta pelo governo, uma sigla pouco familiar à maioria dos brasileiros passará a fazer parte do vocabulário de quem quiser investir na caderneta: Selic, a taxa básica de juros brasileira.
A partir desta sexta, é ela que vai definir o rendimento da poupança. Quando ela estiver acima de 8,5%, nada muda – a poupança continua rendendo 0,5% ao mês, mais TR. Quando ela for igual ou menor que este patamar, o rendimento da poupança passa a ser 70% do seu valor. Atualmente ela está em 9%, mas a tendência é cair.
Mas o que é, afinal, a Selic? De onde ela veio e para que ela serve? E quem define seu valor? Muitos brasileiros devem estar se fazendo essas perguntas neste momento.
Para responder a algumas dessas dúvidas, preparamos um guia rápido. Confira:
O que é a taxa Selic?
A taxa Selic (a sigla vem de Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) é a taxa de juros para empréstimos entre bancos que duram apenas um dia (operações chamadas de “overnight”) e que têm como garantia títulos públicos.
De maneira mais simples, é a taxa básica de juros da economia brasileira, definida pelo governo.
Para que ela serve?
Na teoria, a Selic é a taxa que serve de base para que outros bancos – públicos e privados – calculem seus juros. Portanto, quando o governo baixa a Selic, em tese, as taxas praticadas pelos bancos e outras instituições financeiras também devem cair.
Portanto, se o governo quer estimular a oferta de empréstimos a taxas mais baixas e assim incentivar o consumo e movimentar a economia, ele reduz a Selic. Se a economia está aquecida e a inflação começa a subir demais, ele aumenta a Selic – os empréstimos voltam a ficar mais caros e as pessoas consomem menos, freando o aumento dos preços.
Quando ela muda?
O valor real da Selic varia todos os dias, mas, na média, ele fica próximo à meta definida pelo governo em reuniões que acontecem a cada 45 dias, em Brasília. As próximas acontecem nos dias 29 e 30 de maio (não perca!).
Quem define o valor?
É o Comitê de Política Monetária (Copom), um órgão composto pelos oito membros da Diretoria Colegiada do Banco Central e liderado pelo presidente da autoridade monetária – atualmente, Alexandre Tombini.
Como é o processo de decisão?
As reuniões duram sempre dois dias – uma etapa acontece na terça-feira e outra na quarta-feira, sempre a cada 45 dias. No primeiro dia, são discutidos diversos aspectos que podem influenciar a conjuntura econômica do país, como inflação, câmbio, economia internacional, entre muitos outros.
No segundo dia, os membros do comitê discutem os cenários possíveis e votam na nova meta de juros. Sempre que possível, buscam o consenso, mas se a decisão não é unânime, o placar da votação é divulgado.
A decisão final é imediatamente comunicada à imprensa, assim como o “viés” (se a tendência, nas próximas reuniões é que ela se mantenha, suba ou desça). Na quinta-feira da semana seguinte, as atas das reuniões são divulgadas, com informações mais detalhadas.
Quando ela foi criada?
O Copom foi instituído em 20 de junho de 1996, com o objetivo de estabelecer as diretrizes da política monetária do país e de definir a taxa básica de juros. A primeira meta para a taxa Selic foi divulgada em 5 de março de 1999. Antes dela, para fins de política monetária, o Copom fixava a TBC (Taxa Básica do Banco Central).
Como ela vai afetar o rendimento da poupança?
Enquanto a Selic estiver acima de 8,5%, como está agora, nada muda na poupança (a taxa continua sendo de 0,5% ao mês ou 6,17% ao ano, mais TR). Se ela chegar a este patamar ou cair ainda mais, a poupança passa a render menos.
Veja a tabela divulgada pelo governo que mostra quanto a poupança vai render conforme o valor que a Selic tiver:
São Paulo – Com as mudanças nas regras de cálculo da rentabilidade da poupança anunciadas nesta quinta pelo governo, uma sigla pouco familiar à maioria dos brasileiros passará a fazer parte do vocabulário de quem quiser investir na caderneta: Selic, a taxa básica de juros brasileira.
A partir desta sexta, é ela que vai definir o rendimento da poupança. Quando ela estiver acima de 8,5%, nada muda – a poupança continua rendendo 0,5% ao mês, mais TR. Quando ela for igual ou menor que este patamar, o rendimento da poupança passa a ser 70% do seu valor. Atualmente ela está em 9%, mas a tendência é cair.
Mas o que é, afinal, a Selic? De onde ela veio e para que ela serve? E quem define seu valor? Muitos brasileiros devem estar se fazendo essas perguntas neste momento.
Para responder a algumas dessas dúvidas, preparamos um guia rápido. Confira:
O que é a taxa Selic?
A taxa Selic (a sigla vem de Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) é a taxa de juros para empréstimos entre bancos que duram apenas um dia (operações chamadas de “overnight”) e que têm como garantia títulos públicos.
De maneira mais simples, é a taxa básica de juros da economia brasileira, definida pelo governo.
Para que ela serve?
Na teoria, a Selic é a taxa que serve de base para que outros bancos – públicos e privados – calculem seus juros. Portanto, quando o governo baixa a Selic, em tese, as taxas praticadas pelos bancos e outras instituições financeiras também devem cair.
Portanto, se o governo quer estimular a oferta de empréstimos a taxas mais baixas e assim incentivar o consumo e movimentar a economia, ele reduz a Selic. Se a economia está aquecida e a inflação começa a subir demais, ele aumenta a Selic – os empréstimos voltam a ficar mais caros e as pessoas consomem menos, freando o aumento dos preços.
Quando ela muda?
O valor real da Selic varia todos os dias, mas, na média, ele fica próximo à meta definida pelo governo em reuniões que acontecem a cada 45 dias, em Brasília. As próximas acontecem nos dias 29 e 30 de maio (não perca!).
Quem define o valor?
É o Comitê de Política Monetária (Copom), um órgão composto pelos oito membros da Diretoria Colegiada do Banco Central e liderado pelo presidente da autoridade monetária – atualmente, Alexandre Tombini.
Como é o processo de decisão?
As reuniões duram sempre dois dias – uma etapa acontece na terça-feira e outra na quarta-feira, sempre a cada 45 dias. No primeiro dia, são discutidos diversos aspectos que podem influenciar a conjuntura econômica do país, como inflação, câmbio, economia internacional, entre muitos outros.
No segundo dia, os membros do comitê discutem os cenários possíveis e votam na nova meta de juros. Sempre que possível, buscam o consenso, mas se a decisão não é unânime, o placar da votação é divulgado.
A decisão final é imediatamente comunicada à imprensa, assim como o “viés” (se a tendência, nas próximas reuniões é que ela se mantenha, suba ou desça). Na quinta-feira da semana seguinte, as atas das reuniões são divulgadas, com informações mais detalhadas.
Quando ela foi criada?
O Copom foi instituído em 20 de junho de 1996, com o objetivo de estabelecer as diretrizes da política monetária do país e de definir a taxa básica de juros. A primeira meta para a taxa Selic foi divulgada em 5 de março de 1999. Antes dela, para fins de política monetária, o Copom fixava a TBC (Taxa Básica do Banco Central).
Como ela vai afetar o rendimento da poupança?
Enquanto a Selic estiver acima de 8,5%, como está agora, nada muda na poupança (a taxa continua sendo de 0,5% ao mês ou 6,17% ao ano, mais TR). Se ela chegar a este patamar ou cair ainda mais, a poupança passa a render menos.
Veja a tabela divulgada pelo governo que mostra quanto a poupança vai render conforme o valor que a Selic tiver: