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Novo secretário do Tesouro dos EUA defende medidas mais duras

Em audiência no Congresso, Timothy Geithner afirmou que as conseqüências da crise serão graves, se o governo não agir com força agora

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2009 às 15h04.

Timothy Geithner, o novo secretário do Tesouro dos Estados Unidos, defendeu a adoção de medidas mais duras para socorrer os bancos e empresas em dificuldades. Durante audiência no Congresso nesta quarta-feira (21/1), Geithner afirmou que "os custos desta crise serão grandes, se não agirmos com suficiente força agora". Segundo Geithner, "em uma crise dessa magnitude, o caminho mais prudente é aquele mais enérgico".

O novo secretário do Tesouro propôs maior rigidez e transparência para a liberação de recursos do TARP, o programa de socorro às instituições financeiras americanas, aprovado em outubro pelo Congresso. O programa prevê a injeção de 700 bilhões de dólares no sistema financeiro. O governo Bush já utilizou 350 bilhões. Caberá aos parlamentares aprovar a liberação do restante para o novo presidente, Barack Obama, empossado  nesta terça-feira (20/1). Cresce, no entanto, a insatisfação com os resultados do TARP. Para muitos congressistas e para parte da opinião pública, as condições de liberação do dinheiro não são suficientemente duras para obrigar as instituições a se reestruturarem. Além disso, os recursos não estariam estimulando a economia, nem chegando ao mercado de crédito.

Pouca transparência

Segundo o site de notícias CNN Money, muitos estão céticos quanto ao resultado do TARP, e acreditam que não há nenhum plano consistente para a liberação dos recursos. Ciente das críticas ao programa, Geithner defendeu "uma ação mais agressiva para resolver a crise de moradia e para recuperar o fluxo de crédito". Ele não apresentou, porém, propostas concretas para endurecer as condições da ajuda.

O novo secretário afirmou que é necessária uma maior transparência no uso dos recursos, e disse que a revisão do TARP vai conter "condições mais rígidas para proteger os contribuintes e a necessária transparência para permitir que o povo americano veja como e onde seu dinheiro é gasto, e os resultados que esses investimentos geram".

Geithner também mostrou preocupação com a situação fiscal do país. Estima-se que o rombo anual no déficit fiscal ultrapasse 1 trilhão de dólares nos próximos anos, alimentado por cortes de impostos e aumento dos gastos públicos para compensar a queda dos investimentos privados. O novo secretário comprometeu-se a apresentar, o mais rápido possível, um plano para reequilibrar as contas públicas. "Precisamos demonstrar com clareza e comprometimento que, quando a crise for efetivamente resolvida e a recuperação estiver firmemente estabelecida, a nação voltará a viver com seus próprios meios", afirmou.

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