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Novas regras para cartões visam ampliar concorrência

Mudanças anunciadas pelo BC na regulamentação no setor de cartões visam ampliar a concorrência no segmento, mas não devem trazer grandes mudanças

Cartões de crédito e cartões de débito (Arquivo/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2015 às 11h51.

São Paulo - As mudanças anunciadas pelo Banco Central na regulamentação no setor de meios de pagamentos na última sexta-feira, 25, visam ampliar a concorrência no segmento, mas não devem trazer grandes mudanças, na visão de analistas.

As novas regras são marginalmente negativas para as líderes do segmento de adquirência, Cielo e Rede, à medida que reforçam a sua abertura, mas facilitam a vida de novos entrantes.

"O Banco Central continua a buscar maior transparência, eliminação de acordos anti-concorrência, práticas para impulsionar a eficiência (ou seja, redução de custos)", avaliam Eduardo Rosman e Gustavo Lobo, do BTG Pactual.

Dentre as mudanças anunciadas na semana passada pelo regulador, estão a possibilidade de arranjos de pagamentos permanecerem fechados caso tenham menos de R$ 20 bilhões de movimentação anual, centralização da compensação e liquidação das transações com cartões em uma empresa neutra, mais prazo para empresas de menor porte se adequarem às regras do BC. Neste caso, o prazo passou de 2016 para 2018.

Como arranjos de pagamentos ainda fechados ou exclusivos, o BC citou a Cielo que captura a bandeira Elo, de Bradesco, Banco do Brasil e Caixa, a Amex e a Hiper/Hipercard que passa exclusivamente nas máquinas da Rede, do Itaú Unibanco.

"O mercado está agora passando por fases de teste para abrir o negócio de adquirência para as marcas exclusivas de cartão e pode-se ver que as novas medidas de BC são notícias negativas para Cielo", avalia Alexandre Spada, do Itaú BBA.

Hoje, pilotos já estão sendo feitos para a abertura do mercado de credenciadoras.

Conforme a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), até o final de outubro, começo de novembro, mais de 200 mil estabelecimentos comerciais vão aceitar diferentes bandeiras de cartões em uma mesma máquina (POS, na sigla em inglês).

Para analistas do mercado, o Banco Central, como regulador do mercado de cartões, tende a ajustar as regras do setor com mais frequência, atuando de forma mais ativa quando o segmento não cumprir as metas exigidas por si só.

Safra

Spada, do BBA, cita ainda a entrada do banco Safra no mercado de adquirência programada para 2016, antecipada na semana passada pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

"Como a parceira em adquirência do Safra é a Rede, se esse novo entrante for bem-sucedido, pode impactar mais a Rede do que a Cielo", avalia o especialista.

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São Paulo - As mudanças anunciadas pelo Banco Central na regulamentação no setor de meios de pagamentos na última sexta-feira, 25, visam ampliar a concorrência no segmento, mas não devem trazer grandes mudanças, na visão de analistas.

As novas regras são marginalmente negativas para as líderes do segmento de adquirência, Cielo e Rede, à medida que reforçam a sua abertura, mas facilitam a vida de novos entrantes.

"O Banco Central continua a buscar maior transparência, eliminação de acordos anti-concorrência, práticas para impulsionar a eficiência (ou seja, redução de custos)", avaliam Eduardo Rosman e Gustavo Lobo, do BTG Pactual.

Dentre as mudanças anunciadas na semana passada pelo regulador, estão a possibilidade de arranjos de pagamentos permanecerem fechados caso tenham menos de R$ 20 bilhões de movimentação anual, centralização da compensação e liquidação das transações com cartões em uma empresa neutra, mais prazo para empresas de menor porte se adequarem às regras do BC. Neste caso, o prazo passou de 2016 para 2018.

Como arranjos de pagamentos ainda fechados ou exclusivos, o BC citou a Cielo que captura a bandeira Elo, de Bradesco, Banco do Brasil e Caixa, a Amex e a Hiper/Hipercard que passa exclusivamente nas máquinas da Rede, do Itaú Unibanco.

"O mercado está agora passando por fases de teste para abrir o negócio de adquirência para as marcas exclusivas de cartão e pode-se ver que as novas medidas de BC são notícias negativas para Cielo", avalia Alexandre Spada, do Itaú BBA.

Hoje, pilotos já estão sendo feitos para a abertura do mercado de credenciadoras.

Conforme a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), até o final de outubro, começo de novembro, mais de 200 mil estabelecimentos comerciais vão aceitar diferentes bandeiras de cartões em uma mesma máquina (POS, na sigla em inglês).

Para analistas do mercado, o Banco Central, como regulador do mercado de cartões, tende a ajustar as regras do setor com mais frequência, atuando de forma mais ativa quando o segmento não cumprir as metas exigidas por si só.

Safra

Spada, do BBA, cita ainda a entrada do banco Safra no mercado de adquirência programada para 2016, antecipada na semana passada pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

"Como a parceira em adquirência do Safra é a Rede, se esse novo entrante for bem-sucedido, pode impactar mais a Rede do que a Cielo", avalia o especialista.

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