Economia

Tarifas mais altas de energia chegam em março, diz Abradee

Segundo o presidente da Abradee, todas as empresas do setor deverão apresentar pedidos de reajuste extraordinário


	Lâmpada: consumidor deve sentir no bolso as novas e mais pesadas tarifas a partir de março
 (Jeff Kubina / Flickr / Wikimedia Commons)

Lâmpada: consumidor deve sentir no bolso as novas e mais pesadas tarifas a partir de março (Jeff Kubina / Flickr / Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2015 às 19h34.

Brasília - Após reunião com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, o presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Leite, disse que o consumidor brasileiro deve sentir no bolso as novas e mais pesadas tarifas de eletricidade a partir das contas de luz do mês de março.

O executivo lembrou que, no próximo dia 20 de janeiro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abrirá consulta sobre os critérios para o reajuste extraordinário das tarifas, que deve ocorrer em fevereiro.

"A conta de luz de março já trará os novos valores. Cada empresa apresentará um pedido de reajuste, baseado nos critérios que devem ser aprovados agora em janeiro. Será um porcentual diferente para cada distribuidor", disse Leite.

Segundo o presidente da Abradee, todas as empresas do setor deverão apresentar pedidos de reajuste extraordinário.

Ele ponderou, no entanto, que as companhias que tenham reajuste anual marcado já para fevereiro não precisarão de um reajuste extra, pois os valores que serão incorporados às contas de luz entrarão no processo tarifário dessas empresas.

De acordo com Nelson Leite, nenhum subsídio bancado pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) será extinto.

Ele citou subvenções para consumidores de baixa renda, para consumidores rurais que usam energia para irrigação e o programa "Luz para Todos".

"O que muda é a forma de financiamento da CDE. Os aportes, que antes vinham de outras fontes, como Tesouro, agora serão inteiramente financiados pelos consumidores. O setor de distribuição voltará a ser autossustentável e restabelecerá sua capacidade de investimento", completou.

Questionado se o fim dos aportes do Tesouro ao setor elétrico e o consequente repasse desse custo para os consumidores foi uma vitória do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o presidente da Abradee se esquivou e disse não haver um ganhador único nessa disputa.

"O setor elétrico brasileiro é que ganhou sustentabilidade", concluiu.

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