Economia

AIE eleva previsão da demanda global por petróleo em 2015

Em relatório divulgado hoje, a entidade agora prevê que a demanda mundial vai crescer 1,4 milhão de barris por dia (bpd) este ano


	Petróleo: no mês passado, a AIE previa expansão significativamente menor da demanda
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Petróleo: no mês passado, a AIE previa expansão significativamente menor da demanda (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2015 às 07h19.

Paris - A demanda global por petróleo será maior do que se previa, uma vez que o crescimento econômico, as condições mais intensas do inverno em grandes países consumidores e a queda nos preços da commodity impulsionaram o consumo no primeiro semestre do ano, segundo avaliação da Agência Internacional de Energia (AIE).

Em relatório divulgado hoje, a entidade agora prevê que a demanda mundial vai crescer 1,4 milhão de barris por dia (bpd) este ano, a 94 milhões de bpd.

No mês passado, a AIE previa expansão significativamente menor da demanda, de 300 mil bpd.

O crescimento da demanda, no entanto, deverá perder força, de cerca de 1,6 milhão de bpd na primeira metade do ano para 1,2 milhão de bpd no segundo semestre, de acordo com a agência.

A AIE, que tem sede em Paris e monitora as tendências de energia de muitos países industrializados, alertou que a demanda poderá não crescer em ritmo tão forte quanta a oferta, que continua em expansão.

A entidade também revisou para cima sua projeção de aumento na produção de nações que não pertencem à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), em 195 mil bpd, a quase 1 milhão de bpd.

Além disso, a AIE calculou que a Opep elevou sua produção em 50 mil bpd em maio, a 31,33 milhões de bpd, o maior nível desde agosto de 2012, refletindo o avanço nos resultados da Arábia Saudita, Iraque e Emirados Árabes Unidos.

Ainda segundo a agência, a robusta produção da Opep reduziu sua capacidade excedente "efetiva" a 2,38 milhões de bpd no mês passado, mas a perspectiva é que o cartel mantenha o ritmo de produção em 31 milhões de bpd ao longo dos próximos meses, visto que os produtores do Oriente Médio buscam manter sua participação de mercado e atender a demanda doméstica.

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