Nível de atividade da indústria paulista cai 0,7% no 1º semestre
Em junho, o INA também registrou queda de 0,8% ante maio na série sem influência sazonal
Agência Brasil
Publicado em 27 de julho de 2017 às 13h52.
O Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria paulista caiu no primeiro semestre e ficou perto da estabilidade (-0,7%) contra -9,9% do mesmo período do ano anterior.
Também houve queda nos primeiros semestres de 2015 e 2014, de 3,2% e 7,2%, respectivamente. Em junho, o INA também registrou queda de 0,8% ante maio, na série sem influência sazonal.
Entre as variáveis de conjuntura que compõem o INA, houve recuo no número de horas trabalhadas na produção (-0,2 %), no total de vendas reais (-0,2 %), com o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) apresentando pequeno avanço de 0,1 ponto percentual, na série com ajuste.
Os dados foram divulgados hoje (27) pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp).
Em 18 setores divulgados, tiveram destaque a área de produtos têxteis, que registrou queda de 1,9% em junho, na série com ajuste sazonal; as horas trabalhadas na produção avançaram 0,7%; o total de vendas reais caiu 3,9% e o Nuci subiu 0,4 ponto percentual.
O Indicador de Nível de Atividade do setor de celulose, papel e produtos de papel avançou 0,6% no mês. As horas trabalhadas na produção recuaram 0,8%, já as vendas reais e o Nuci avançaram 1,5% e 0,3 pontos percentuais., respectivamente.
No setor de veículos automotores, o INA subiu 0,6% em junho. As vendas reais e o NUCI subiram 2,1% e 0,4 pontos percentuais, respectivamente. O total de horas trabalhadas na produção cedeu 1,2%.
Sensor
A pesquisa Sensor de julho, que mede o nível de confiança dos empresários, mostrou recuo de 1,1 ponto, passando para 49,9 pontos, na série com ajuste sazonal, o que representa praticamente estabilidade para o mês. Leituras abaixo de 50 pontos sinalizam queda da atividade industrial para o mês.
Dos indicadores que compõem o Sensor, o que capta as condições de mercado caiu 1,7 ponto percentual e passou para 49,7 pontos em julho, ante os 51,6 pontos de junho. "Abaixo dos 50 pontos, indica piora das condições de mercado", explica a Fiesp.
Houve queda também no indicador de estoque, que cedeu 2 pontos percentuais, marcando 46,4 pontos, ante os 48,4 pontos do mês anterior, mostrando que os estoques estão acima do nível desejado.
Já o emprego apresentou leve variação positiva de 0,1 ponto percentualo, passando para 48,6 pontos, ante os 48,5 pontos. Resultados abaixo de 50 pontos indicam expectativa de demissões para o mês.